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Suprema Corte da Venezuela denuncia Edmundo González por 'desacato' por não comparecer à Justiça

© AP Photo / Ariana CubillosEdmundo González Urrutia, candidato da oposição Plataforma Unitaria Democrática da Venezuela
Edmundo González Urrutia, candidato da oposição Plataforma Unitaria Democrática da Venezuela - Sputnik Brasil, 1920, 10.08.2024
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A presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Caryslia Rodríguez, denunciou por 'desacato' o ex-candidato presidencial da oposição Edmundo González, neste sábado (10), por não ter ido à Câmara Eleitoral do órgão para apresentar toda a documentação relativa às eleições, em 28 de julho.
"Fica registrado que o ex-candidato Edmundo González Urrutia não compareceu e, portanto, não cumpriu a ordem de convocação, desconsiderando com sua omissão o mandato desta instância máxima da jurisdição eleitoral contenciosa da República Bolivariana da Venezuela", disse a responsável em uma transmissão da rede estatal Venezolana de Televisión.
Rodríguez fez esse comentário na sede do TSJ perante o corpo diplomático credenciado da nação caribenha.
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A Câmara Eleitoral do TSJ iniciou no dia 7 de agosto um ciclo de comparecimentos dos ex-candidatos presidenciais para que apresentem ao órgão os documentos correspondentes do dia das eleições. O opositor González anunciou no mesmo dia que não responderia à convocação.

Eleições conturbadas

O dia das eleições na Venezuela ocorreu sem grandes percalços, mas os problemas começaram assim que as urnas foram encerradas. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), houve um problema na transmissão dos dados referentes aos votos dos centros de votação para a central. O conselho, órgão constitucional e independente que organiza as eleições no país, declarou ter sido alvo de um ataque cibernético.
O anúncio dos resultados desencadeou confrontos entre apoiadores da oposição e a polícia na capital Caracas e em outras regiões do país. Durante os protestos, um soldado foi morto e dezenas de pessoas ficaram feridas, segundo o governo do presidente Nicolás Maduro.
De acordo com o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, quase 750 pessoas foram detidas na Venezuela durante protestos, algumas delas acusadas de incitação ao ódio e ao terrorismo.
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