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Vinte anos de Orkut: enquanto criador vem ao Brasil, confira os recursos que mais deixaram saudades
Vinte anos de Orkut: enquanto criador vem ao Brasil, confira os recursos que mais deixaram saudades
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O criador da rede social Orkut, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten, está no Brasil para participar da Rio Innovation Week 2024. Criada há 20 anos, a rede foi... 13.08.2024, Sputnik Brasil
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Encerrado há dez anos, o Orkut marcou uma geração de internautas, sendo a primeira rede social no país. Até hoje o site é usado como régua para comparar as redes atuais e é lembrado com carinho por aqueles que tiveram a chance de criar um perfil, desfrutando de suas funcionalidades únicas. Confira abaixo algumas delas.ComunidadesAs comunidades do Orkut eram uma ferramenta única de interação entre os usuários e eram tantas que se pode dizer que beiravam o infinito. O que as tornava únicas, no entanto, não era apenas a questão utilitária.Claro, havia comunidades para interesses específicos e onde discussões sérias tomavam lugar. Por outro lado, havia aquelas que foram criadas apenas para reunir pessoas, falar abobrinhas e criar laços de amizade que durariam anos.Mais diferente ainda de tudo o que surgiu depois, havia comunidades criadas apenas para serem símbolos no perfil dos usuários. Pouca interação acontecia nelas, mas por seu nome forte ou por uma boa combinação de título e foto, atraíam muitas pessoas que as exibiam com orgulho no perfil como símbolo de status.Depoimentos e scrapsDiferentemente das redes atuais, que possuem seções públicas de comentários ou chats privados, o Orkut tinha duas formas de comunicação bem únicas: os scraps, ou recados, e os depoimentos.Cada perfil possuía sua seção de recados, um espaço público onde as pessoas podiam deixar escrito o que quisessem, desde uma declaração de amor, um convite entre amigos para sair, brigas, lembretes e até mesmo conversar abertamente.Já os depoimentos, a princípio, não eram uma forma de comunicação, mas um meio de dar um testemunho sobre algum amigo ou namorado, seja de forma bem emotiva ou bem-humorada. No entanto, como precisavam de aprovação do dono do perfil para se tornarem públicos, em pouco tempo virou um método de trocar recados de forma secreta, o famoso "não aceita!".Visualização de visitantesAntes de o LinkedIn ter a ferramenta de visualizar quem visitou o seu perfil, acessível apenas para usuários da conta premium, o Orkut já disponibilizava o recurso para todos que quisessem.Funcionava assim: você podia visitar o perfil das pessoas de maneira anônima, e, nesse caso, não podia ver quem visitava o seu, ou você aparecia entre os visitantes recentes ao entrar no perfil de qualquer um e podia também ver quem visitou o seu.Assim como os depoimentos, com o passar do tempo a visualização de visita ganhou novos significados, virando uma forma rudimentar de enviar recados através da sua presença ou, mesmo, para conhecer novas pessoas.BuddyPokeProvavelmente a ferramenta que mais deixou órfãos com o fim do Orkut foi o BuddyPoke. Uma espécie de jogo dentro da própria rede, o BuddyPoke permitia ao usuário criar um avatar virtual humanoide da forma que quisesse, parecido ou não com sua aparência na vida real, e interagir com os amigos da rede. Era possível abraçar, tocar guitarra, cutucar, beijar e muito mais.O recurso de criar um avatar 3D na rede retornou recentemente nas redes da Meta, cujas plataformas são proibidas na Rússia por extremismo, com a possibilidade de criar avatares 3D na forma de emoji. Ainda assim, essa funcionalidade ainda está muito abaixo do que era possível no antigo Orkut.Mundo on/offQuem viveu, viveu. Quem não viveu não vive mais. O mundo "on" foi um universo paralelo que existiu dentro do Orkut brasileiro.O nome se refere à dicotomia on-line/off-line, no qual "on" se refere ao seu perfil fake, baseado em alguma celebridade ou personalidade da web. Já o "off" é o seu perfil pessoal.Se por um lado milhões de pessoas usavam o Orkut como rede social para interagir com amigos e familiares, além de criar novos laços, no mundo "on" os usuários criavam novas personalidades para si, conheciam novas pessoas e formavam laços completamente virtuais, como namoros, famílias, amigos e todos os dramas envolvidos nessa vida dupla.Com comunidades próprias feitas para interações desse tipo, como Praia Fake, Agência de Namoro Fake, Balada Fake, até hoje nenhuma outra rede social permitiu tamanha criatividade e ação sob pseudônimos quanto o Orkut, especialmente hoje em dia, quando a maioria das redes tenta atrelar o usuário a uma identidade real para melhor coletar informações e distribuir anúncios.
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Vinte anos de Orkut: enquanto criador vem ao Brasil, confira os recursos que mais deixaram saudades
16:24 13.08.2024 (atualizado: 18:30 13.08.2024) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
O criador da rede social Orkut, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten, está no Brasil para participar da Rio Innovation Week 2024. Criada há 20 anos, a rede foi um sucesso no Brasil, país que foi responsável por metade dos usuários do site, dotado de recursos que até hoje não são encontrados em outro lugar.
Encerrado há dez anos, o Orkut marcou uma geração de internautas, sendo a
primeira rede social no país. Até hoje o site é usado como régua para comparar as redes atuais e é lembrado com carinho por aqueles que tiveram a chance de criar um perfil, desfrutando de suas funcionalidades únicas. Confira abaixo algumas delas.
As comunidades do Orkut eram uma ferramenta única de interação entre os usuários e eram tantas que se pode dizer que beiravam o infinito. O que as tornava únicas, no entanto, não era apenas a questão utilitária.
Claro, havia comunidades para interesses específicos e onde discussões sérias tomavam lugar. Por outro lado, havia aquelas que foram criadas apenas para reunir pessoas, falar abobrinhas e criar laços de amizade que durariam anos.
Mais diferente ainda de tudo o que surgiu depois, havia comunidades criadas apenas para serem símbolos no perfil dos usuários. Pouca interação acontecia nelas, mas por seu nome forte ou por uma boa combinação de título e foto, atraíam muitas pessoas que as exibiam com orgulho no perfil como símbolo de status.
Diferentemente das redes atuais, que possuem seções públicas de comentários ou chats privados, o Orkut tinha duas formas de comunicação bem únicas: os scraps, ou recados, e os depoimentos.
Cada perfil possuía sua seção de recados, um espaço público onde as pessoas podiam deixar escrito o que quisessem, desde uma declaração de amor, um convite entre amigos para sair, brigas, lembretes e até mesmo conversar abertamente.
Já os depoimentos, a princípio, não eram uma forma de comunicação, mas um meio de dar um testemunho sobre algum amigo ou namorado, seja de forma bem emotiva ou bem-humorada. No entanto, como precisavam de aprovação do dono do perfil para se tornarem públicos, em pouco tempo virou um método de trocar recados de forma secreta, o famoso "não aceita!".
Visualização de visitantes
Antes de o LinkedIn ter a ferramenta de visualizar quem visitou o seu perfil, acessível apenas para usuários da conta premium, o Orkut já disponibilizava o recurso para todos que quisessem.
Funcionava assim: você podia visitar o perfil das pessoas de maneira anônima, e, nesse caso, não podia ver quem visitava o seu, ou você aparecia entre os visitantes recentes ao entrar no perfil de qualquer um e podia também ver quem visitou o seu.
Assim como os depoimentos, com o passar do tempo a visualização de visita ganhou novos significados, virando uma forma rudimentar de enviar recados através da sua presença ou, mesmo, para conhecer novas pessoas.
Provavelmente a ferramenta que mais deixou órfãos com o fim do Orkut foi o BuddyPoke. Uma espécie de jogo dentro da própria rede, o BuddyPoke permitia ao usuário criar um avatar virtual humanoide da forma que quisesse, parecido ou não com sua aparência na vida real, e interagir com os amigos da rede. Era possível abraçar, tocar guitarra, cutucar, beijar e muito mais.
O recurso de criar um avatar 3D na rede retornou recentemente
nas redes da Meta, cujas plataformas são proibidas na Rússia por extremismo, com a possibilidade de criar avatares 3D na forma de emoji. Ainda assim, essa funcionalidade ainda está muito abaixo do que era possível no antigo Orkut.
Quem viveu, viveu. Quem não viveu não vive mais. O mundo "on" foi um universo paralelo que existiu dentro do Orkut brasileiro.
O nome se refere à dicotomia on-line/off-line, no qual "on" se refere ao seu perfil fake, baseado em alguma celebridade ou personalidade da web. Já o "off" é o seu perfil pessoal.
Se por um lado milhões de pessoas usavam o Orkut como rede social para interagir com amigos e familiares, além de criar novos laços, no mundo "on" os usuários criavam novas personalidades para si, conheciam novas pessoas e formavam laços completamente virtuais, como namoros, famílias, amigos e todos os dramas envolvidos nessa vida dupla.
Com comunidades próprias feitas para interações desse tipo, como Praia Fake, Agência de Namoro Fake, Balada Fake, até hoje nenhuma outra rede social permitiu tamanha criatividade e ação sob pseudônimos quanto o Orkut, especialmente hoje em dia, quando a maioria das redes tenta atrelar o usuário a uma identidade real
para melhor coletar informações e distribuir anúncios.
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