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Moscou sobre visita de ministro israelense a templo muçulmano em Jerusalém: 'Ações irresponsáveis'

© AP Photo / Ohad ZwigenbergMinistro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acompanhado de apoiadores durante visita a um dos principais locais sagrados para o islamismo. Jerusalém, 13 de agosto de 2024
Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acompanhado de apoiadores durante visita a um dos principais locais sagrados para o islamismo. Jerusalém, 13 de agosto de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2024
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A ação provocativa do ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que visitou a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, gerou extrema preocupação a Moscou, informou nesta quarta-feira (14) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. A região é um dos principais locais sagrados para a religião islâmica.

"Moscou está profundamente alarmada com mais uma ação provocativa organizada pelo ministro da Segurança Nacional de Israel. Na última terça-feira (13), acompanhado por muitos de seus aliados radicalmente inclinados, [Itamar Ben-Gvir] visitou a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém para realizar uma oração coletiva com a participação de milhares de pessoas por conta da data comemorativa da destruição do primeiro e do segundo templos, importantes para os judeus", diz o comunicado no site do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Para a Rússia, "essas ações irresponsáveis contribuem para o aumento das tensões radicais tanto na sociedade israelense quanto entre os palestinos, além de minar os esforços internacionais para desescalar a violência em meio aos contínuos combates na Faixa de Gaza", acrescenta o comunicado.
Durante a visita, o ministro israelense fez um discurso diante da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, quando pediu que Israel não participe das negociações sobre um cessar-fogo em Cairo e continue a guerra contra o Hamas "até o fim".
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Ben-Gvir também afirmou que Israel avança para permitir que os judeus orem na região, o que foi desmentido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na ocasião, o premiê afirmou que a política não sofreu alterações.
As ações de Ben-Gvir também foram condenadas pelos ministérios das Relações Exteriores da França, Espanha e Alemanha. Já o Egito classificou a visita do ministro israelense ao templo sagrado como uma violação do direito internacional, bem como do status histórico de Jerusalém. Para o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, o discurso de Ben-Gvir na Mesquita de Al-Aqsa foi uma provocação.
O status quo estabelece que Israel mantenha o controle geral sobre a segurança da Esplanada das Mesquitas, enquanto um fundo religioso muçulmano é responsável pela administração diária e manutenção do local. Do ponto de vista legal, judeus e cristãos podem subir ao templo sagrado em horários específicos em determinados dias da semana.
No entanto, visitas de políticos, especialmente do ministro Ben-Gvir, frequentemente causam sérios agravamentos entre Israel e os palestinos.
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