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Mpox no Brasil: não é motivo de alarme, mas de alerta, afirma ministra da Saúde

© AP PhotoMãos de uma pessoa infectada por mpox na República Democrática do Congo
Mãos de uma pessoa infectada por mpox na República Democrática do Congo - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2024
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A ministra da Saúde brasileira, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (14) que a mpox (abreviação para "monkeypox", termo em inglês), antes conhecida como varíola dos macacos, não é motivo para alarde, mas que o aumento exponencial da doença na África merece atenção por parte do Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou mais cedo emergência de saúde pública de importância internacional devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação de uma nova cepa do vírus, mais mortal, chamada clado 1B.
A decisão foi influenciada pelo registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções têm aumentado há mais de dois anos, além de uma mutação que facilitou a transmissão do vírus de pessoa para pessoa.

"Tivemos reunião com especialistas há duas semanas e vamos analisar questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas sim de alerta […]. Certamente não será uma vacinação em massa, caso se faça necessário", disse ela após cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quando anunciaram novos investimentos para a Nova Indústria Brasil.

A ministra informou ainda que o governo federal deve criar um comitê de operação de emergência.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em março de 2023 a prorrogação da dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e use no Brasil o medicamento tecovirimat para tratamento de mpox.
Dados do ministério apontam que, entre 2022 a 2024, o Brasil registrou quase 12 mil casos confirmados e 366 casos prováveis de mpox. Há ainda 66 casos classificados como suspeitos e um total de 46.354 casos descartados.
Em agosto de 2022, o Brasil registrou mais de 40 mil casos da doença. Um ano depois, em agosto de 2023, o número caiu para cerca de 400 casos. Este ano, em janeiro foi registrado o maior número de casos, mais de 170, e a média de agosto é de 40 a 50 novas infecções. O número é visto pelo Ministério da Saúde como "bastante modesto, embora não desprezível".
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