À frente do seu tempo: qual o papel do Brasil nas pesquisas de vacinas? Confira 10 avanços
19:37 02.09.2024 (atualizado: 20:39 02.09.2024)
© Folhapress / Renato S. CerqueiraEm São Paulo, Davi Seremramiwe Xavante, indígena de 8 anos, é a primeira criança vacinada contra a COVID-19, em 14 de janeiro de 2022
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Em 2024, o Brasil continua a se destacar no cenário global de saúde pública com seu compromisso robusto no desenvolvimento de vacinas.
Aproveitando a infraestrutura sólida estabelecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelas instituições de pesquisa, como o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o país está avançando em várias frentes para enfrentar uma série de doenças infecciosas e emergentes.
Confira algumas das principais vacinas em desenvolvimento no Brasil atualmente:
Vacina contra a dengue: com o aumento da incidência de dengue, pesquisadores brasileiros estão focados na atualização das vacinas existentes e no desenvolvimento de novas formulações. Segundo informações disponibilizadas no site do Ministério da Saúde, a meta é oferecer proteção mais abrangente contra os quatro sorotipos do vírus, melhorando a eficácia e a segurança da vacina;
Vacina contra a chikungunya: o Brasil está avançando no desenvolvimento de vacinas contra a chikungunya, uma doença arboviral que tem causado surtos em várias regiões. As novas vacinas estão sendo testadas para garantir proteção eficaz e duradoura contra a infecção;
Vacina contra o vírus Zika: após surtos significativos nos últimos anos, a pesquisa continua para uma vacina eficaz contra o vírus Zika. A ênfase está na prevenção das complicações associadas à infecção, especialmente em gestantes;
Vacina contra a tuberculose: a Fiocruz está liderando esforços para desenvolver uma vacina mais eficaz contra a tuberculose, com foco em melhorar a proteção em populações de alto risco e reduzir a carga da doença;
COVID-19: com a evolução contínua do vírus SARS-CoV-2, o Brasil está empenhado em aprimorar suas vacinas contra a COVID-19. Novas variantes e ajustes nas formulações estão sendo investigados para garantir que as vacinas permaneçam eficazes e seguras;
HPV: o Brasil está trabalhando na atualização das vacinas contra o papilomavírus humano (HPV), visando expandir a proteção contra tipos adicionais de HPV e melhorar a cobertura vacinal;
Meningite: há avanços significativos no desenvolvimento de vacinas contra diferentes patógenos responsáveis pela meningite, incluindo Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae, para aumentar a proteção contra essas infecções graves;
Leptospirose: pesquisadores estão explorando novas vacinas contra a leptospirose, uma doença zoonótica que afeta tanto humanos quanto animais. O objetivo é melhorar a eficácia e a disponibilidade da vacina, especialmente em áreas endêmicas;
Febre amarela: apesar de a vacina atual ser eficaz, há esforços contínuos para aprimorar sua formulação e garantir maior cobertura e disponibilidade, com o objetivo de manter o controle sobre a febre amarela.
Mpox: o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está próximo de iniciar os testes em humanos de uma vacina contra a mpox. No momento, os pesquisadores estão se dedicando à produção de um dossiê para enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para, então, receberem a autorização para começar os testes.