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Analista: israelenses percebem que podem ser mortos por 'considerações de segurança' de seu governo
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Milhares de manifestantes foram às ruas em Israel ontem (1º) e hoje (2) para pedir ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que negocie a libertação... 02.09.2024, Sputnik Brasil
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Os protestos foram desencadeados pela morte de seis reféns, cujos corpos foram recuperados pelos militares na semana passada.Embora muitos israelenses não gostem de Netanyahu e de seu governo, a maioria também "não tem alternativa para a guerra e talvez não queira uma", diz o doutor Ori Goldberg, especialista em política israelense.Goldberg ressalta que as "ruas" israelenses agora considerarem o governo um "fator hostil" é um novo capítulo. Ele também reforça que enquanto os israelenses "apoiam a noção de uma guerra contra o Hamas", as mortes daqueles seis reféns na semana passada "mudaram o clima e a vibração".'Preocupação de Netanyahu é permanecer no poder'Yair Lapid, fundador do partido Yesh Atid, também criticou o fracasso israelense no resgate dos reféns. O líder de oposição acusou Benjamin Netanyahu de só se importar consigo mesmo."O que importa para ele é saber que chegar a um acordo pode levar ao desmantelamento de seu governo, e tudo o que ele se importa é permanecer no poder.""Netanyahu não tem alma, esse é o nosso problema. Temos um primeiro-ministro sem alma. É por isso que ele não está fazendo um acordo de troca de prisioneiros", acrescentou Lapid.Netanyahu e as Forças de Defesa de Israel (FDI) não têm recebido críticas apenas da oposição, mas também do próprio partido governante, Likud.O parlamentar do Knesset Amit Halevi explicou que a política do Exército israelense é uma política destrutiva e que é responsabilidade do país mudá-la. Segundo o membro da base do governo, é uma vergonha que ainda haja 101 reféns detidos pelo Hamas e que, mesmo estando próximos de Israel, o país não é capaz de libertá-los como resultado de decisões políticas erradas.
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Analista: israelenses percebem que podem ser mortos por 'considerações de segurança' de seu governo
16:05 02.09.2024 (atualizado: 16:06 02.09.2024) Milhares de manifestantes foram às ruas em Israel ontem (1º) e hoje (2) para pedir ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que negocie a libertação dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza pelo Hamas.
Os protestos foram desencadeados pela morte de seis reféns, cujos corpos foram recuperados pelos militares na semana passada.
Embora muitos israelenses não gostem de Netanyahu e de seu governo, a maioria também "não tem alternativa para a guerra e talvez não queira uma", diz o doutor Ori Goldberg, especialista em política israelense.
"A raiva nas ruas hoje é porque há algum tempo Netanyahu afirma que a destruição do Hamas e o retorno dos reféns estão relacionados. A morte dos seis reféns no sábado (31) revelou que os dois objetivos são contraditórios. A maioria dos israelenses só está percebendo isso agora e está com raiva", explica ele.
Goldberg ressalta que as "ruas" israelenses agora considerarem o governo um "fator hostil" é um novo capítulo. Ele também reforça que enquanto os israelenses "apoiam a noção de uma guerra contra o Hamas", as mortes daqueles seis reféns na semana passada "mudaram o clima e a vibração".
"Os israelenses estão começando a perceber que não podem simplesmente aceitar todas as decisões do governo justificadas pelo recurso a 'considerações de segurança' porque essas considerações de segurança podem acabar matando israelenses", observa.
'Preocupação de Netanyahu é permanecer no poder'
Yair Lapid, fundador do partido Yesh Atid, também criticou o fracasso israelense no resgate dos reféns. O líder de oposição acusou Benjamin Netanyahu
de só se importar consigo mesmo.
"O que importa para ele é saber que chegar a um acordo pode levar ao desmantelamento de seu governo, e tudo o que ele se importa é permanecer no poder."
"Netanyahu não tem alma, esse é o nosso problema. Temos um primeiro-ministro sem alma. É por isso que ele não está fazendo um acordo de troca de prisioneiros", acrescentou Lapid.
Netanyahu e as Forças de Defesa de Israel (FDI) não têm recebido críticas apenas da oposição, mas também do próprio partido governante, Likud.
O parlamentar do Knesset Amit Halevi explicou que a política do Exército israelense é uma política destrutiva e que é responsabilidade do país mudá-la. Segundo o membro da base do governo, é uma vergonha que ainda haja 101 reféns detidos pelo Hamas e que, mesmo estando próximos de Israel, o país não é capaz de libertá-los
como resultado de decisões políticas erradas.