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Cientistas revelam nova tecnologia de telescópio que ajudará a estudar buracos negros

© Foto / NASA’s Goddard Space Flight Center/Jeremy SchnittmanSimulação de um buraco negro supermassivo ativo
Simulação de um buraco negro supermassivo ativo - Sputnik Brasil, 1920, 06.09.2024
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O novo método de capturar imagens de buracos negros pode permitir obter as imagens mais nítidas de sempre usando uma rede de telescópios do Polo Sul até o norte da Groenlândia, diz um artigo do projeto Event Horizon Telescope.
O Event Horizon Telescope (EHT, ou Telescópio do Horizonte de Eventos), que é uma rede de telescópios por tudo o mundo para explorar e estudar buracos negros, já obteve as primeiras imagens desses objetos.

"O EHT cria um telescópio virtual do tamanho da Terra ao conectar várias antenas de rádio em todo o mundo, usando uma técnica chamada interferometria de longa linha de base [VLBI, na sigla em inglês]", explica o artigo como o projeto funciona.

O telescópio mais ao sul do EHT é o Telescópio do Polo Sul, enquanto sua estação mais ao norte é o Telescópio da Groenlândia, o que significa que a rede se estende quase de cima a baixo do planeta.
Então, quanto maior é a distância entre os dois telescópios mais distantes da rede, maior vai ser a resolução, e quanto mais telescópios há na rede, maior é a sensibilidade.
© Foto / Colaboração EHTBuraco negro na galáxia M87
Buraco negro na galáxia M87  - Sputnik Brasil, 1920, 06.09.2024
Buraco negro na galáxia M87
Uma imagem do buraco negro supermassivo Sagitário A*, no centro da Via Láctea, e a do buraco negro, ainda maior, no centro da galáxia elíptica supergigante Messier 87, revelaram as capacidades do projeto de exploração do espaço.
As imagens históricas dos buracos negros foram capturadas em um comprimento de onda de rádio de 1,3 mm. Agora, usando todos os telescópios disponíveis, os cientistas conseguiram diminuir o comprimento de onda para 0,87 mm.
Segundo os cientistas, tal capacidade os permite ver detalhes tão finos como se observassem uma tampa de garrafa na Lua a partir da Terra.

"Isso representa um aumento de 50% na resolução em relação ao que é possível atualmente. É importante ressaltar que os cientistas do EHT estão confiantes de que essas melhorias ajudarão a refinar o estudo dos buracos negros e a desvendar seus múltiplos segredos."

© Foto / EHTEsta é a primeira imagem de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia
Esta é a primeira imagem de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia - Sputnik Brasil, 1920, 06.09.2024
Esta é a primeira imagem de Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia
Além disso, há planos de aumentar o número de telescópios usados para oferecer uma sensibilidade melhor, bem como melhorar as capacidades das existentes.
Espera-se que a próxima geração do EHT aumente a nitidez e a clareza das imagens de buracos negros em dez vezes, talvez até mesmo permitindo filmes de alta resolução que mostrem as mudanças no anel de fótons em torno do horizonte de eventos de um buraco negro ao longo do tempo, à medida que o buraco negro gira e acumula mais matéria do espaço circundante.
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