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Mídia: principal conferência de segurança da China visa 'esclarecer posições' e não dar soluções

© AP Photo / Ng Han GuanTrabalhador em plataforma perto de bandeira chinesa em Pequim, na China, em 15 de julho de 2022
Trabalhador em plataforma perto de bandeira chinesa em Pequim, na China, em 15 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 11.09.2024
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O Fórum Xiangshan em Pequim provavelmente não levará a progresso na prevenção de conflitos ou medidas para aliviar as tensões regionais, dizem analistas à mídia asiática.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), é provável que Pequim busque aprofundar a comunicação militar com Washington sobre questões espinhosas como o mar do Sul da China, mas segundo analistas ouvidos pela apuração, as tensões devem persistir.
Abordando uma série de questões, incluindo segurança regional, segurança na Europa e no Oriente Médio, bem como o futuro da inteligência artificial (IA), o fórum deste ano acontece enquanto a China e os EUA intensificaram recentemente as comunicações militares.
Segundo analistas, no entanto, é provável que os canais de comunicação estabelecidos não reduzam mensuravelmente as tensões em pontos críticos do mar do Sul da China, mar da China Oriental e estreito de Taiwan.
Shi Yinhong, professor de relações internacionais na Universidade Renmin, estava cético sobre o papel do fórum em promover uma comunicação profunda e substancial entre os militares chineses e norte-americanos.
"O Fórum Xiangshan foi projetado principalmente para abordar princípios gerais", disse Shi. "No entanto, é improvável que leve a acordos específicos sobre prevenção de conflitos ou medidas concretas para abordar situações particulares. Essa não é a missão do fórum."
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin (E), seguido pelo secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, o secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Enrique Manalo, e o secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, dão as mãos após uma coletiva de imprensa conjunta após sua reunião 2+2 no Camp Aguinaldo, em Manila, 30 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2024
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Timothy Heath, pesquisador sênior de defesa internacional no think tank Rand Corporation, disse que as negociações podem ajudar a administrar as tensões sobre a corrida armamentista na região da Ásia-Pacífico.
"Embora um grande avanço nessas questões difíceis seja improvável, manter negociações é um primeiro passo importante para aliviar as tensões e estabelecer uma relação de trabalho para administrar tais questões", disse ele ao se referir ao contato militar entre Pequim e Washington.
Para o diretor da Iniciativa Taiwan da Rand Corporation, Raymond Kuo, os EUA continuaram a reforçar sua coordenação de segurança com Tóquio, Manila e Taipé para "competir com a China no mar da China Oriental, no mar do Sul da China e no estreito de Taiwan, respectivamente".
"Os EUA estão buscando administrar a competição — avançando seus interesses de segurança e os de seus parceiros, mas não tanto que as situações se transformem em conflitos mais abertos e perigosos", disse Kuo, enfatizando seu ceticismo sobre possíveis acordos "para resolver os desafios subjacentes às suas tensões. Trata-se de comunicar e esclarecer posições, não de alcançar algum tipo de solução".

De acordo com o Ministério da Defesa chinês, o Fórum Xiangshan de três dias — a principal conferência anual de segurança da China, vista como a resposta de Pequim ao Diálogo Shangri-La em Cingapura — será realizado em Pequim do dia 12 ao dia 14 de setembro e vai contar com a presença de mais de 700 participantes e delegações oficiais de mais de 90 países, incluindo ministros da defesa e chefes do Estado-Maior.

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