Parceiros do BRICS, inclusive da América Latina, estão interessados em um mundo sem neocolonialismo
05:19 12.09.2024 (atualizado: 06:37 12.09.2024)
© Sputnik / Irina Motina14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
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O interesse comum dos países do BRICS e dos parceiros da associação é que a ordem mundial emergente seja livre de práticas neocoloniais, de acordo com os documentos preparados para a Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
A reunião está sendo realizada na cidade russa de São Petersburgo, de 10 a 12 de setembro.
O evento discute as abordagens dos países do BRICS sobre os parâmetros da futura ordem mundial e os esforços conjuntos para defender atitudes fundamentais em face da imposição de abordagens unilaterais por alguns países dentro da estrutura de uma "ordem baseada em regras".
"O interesse comum dos Estados do BRICS e dos amigos da associação é que a ordem mundial emergente seja livre de práticas neocoloniais, baseada em um equilíbrio genuíno de interesses, desenvolvida com a participação do maior número possível de Estados em formatos universais", dizem os documentos.
Segundo informado, a estratégia do BRICS precisa de uma combinação de modelos de desenvolvimento diferentes, culturas e tradições nacionais, fortalecimento de um mundo com muitos centros de poder sob o papel coordenador central das Nações Unidas.
© Sputnik / Irina MotinaCelso Amorim na 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
Celso Amorim na 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
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Os documentos observam que o diálogo com o Sul Global é de especial interesse para os países do BRICS.
"Um número cada vez maior de países da Ásia, África e América Latina está se esforçando para adotar políticas de orientação nacional com base nos princípios de independência e autonomia, soberania do Estado e identidade cultural e civilizacional", afirmam.
Destaca-se que esses países formam uma cooperação baseada em seus próprios interesses pragmáticos, apesar da pressão sem precedentes que muitos deles enfrentam.
"Ao mesmo tempo, é importante enfatizar que o bloco BRICS não é uma aliança antiocidental, busca encontrar um equilíbrio de interesses, e não competir com ninguém."
© Sputnik / Aleksei DanichevSessão de fotos dos chefes das delegações da 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
Sessão de fotos dos chefes das delegações da 14ª Reunião dos Altos Representantes do BRICS e BRICS+ sobre Assuntos de Segurança.
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A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Em junho, o primeiro-ministro da Malásia Anwar bin Ibrahim confirmou a Lula da Silva a intenção da Malásia de participar do BRICS.
No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.
Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.