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Trincas 'superficiais' em barragem de Ouro Preto são identificadas, diz Vale

© Guilherme Dardanhan / ALMGAções de recuperação de área afetada pelo rompimento da barragem da Vale, onde lama de rejeitos destruiu pontilhão inteiro da estrada de ferro. Brumadinho, 27 de abril de 2023
Ações de recuperação de área afetada pelo rompimento da barragem da Vale, onde lama de rejeitos destruiu pontilhão inteiro da estrada de ferro. Brumadinho, 27 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2024
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A companhia siderúrgica Vale identificou trincas superficiais na barragem Forquilha III, na mina de Fábrica, em Ouro Preto, em Minas Gerais.
Em nota, a empresa informou que as condições de estabilidade da estrutura seguem inalteradas. Após a identificação das trincas, a Vale disse que está conduzindo verificações adicionais na barragem, que mantém os órgãos públicos competentes informados, e que executa um plano de ação para investigação e correções, conforme necessário.
"A Vale mantém seus compromissos de avançar na descaracterização da estrutura e de buscar a redução de seu nível de emergência", disse a nota.
De acordo com a empresa, o protocolo de emergência em nível 3 para a barragem Forquilha III foi ativado em 2019, quando ocorreu a evacuação da Zona de Autossalvamento (“ZAS”), que segue sem a presença de pessoas e animais de criação.

"A companhia continuará acompanhando de forma diligente o desempenho de segurança da barragem Forquilha III e seguirá com ações para estabelecer níveis satisfatórios de segurança e estabilidade à estrutura até que sua descaracterização seja finalizada."

Bombeiro na área de rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2019
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Barragem da Vale próxima de Brumadinho tem rachaduras

Tragédias de Brumadinho e Mariana

Em janeiro de 2019, a barragem da Vale em Brumadinho, também em Minas Gerais matou 272 pessoas. A avalanche de rejeitos também gerou grandes impactos ambientais na região.
Em 2015, uma barragem pertencente à mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billinton, rompeu a 23 quilômetros da cidade mineira de Mariana e inundou a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. O desastre afetou toda a bacia do rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, além de deixar 19 pessoas mortas.
Após o desastre de Brumadinho foi sancionada a Lei Mar de Lama Nunca Mais, em 2019, que proíbe novas barragens a montante, que são construídas com acúmulo de rejeitos. Foi o método utilizado nas barragens rompidas em Mariana e Brumadinho. A lei também determina que as barragens a montante que ainda estão ativas devem ser descaracterizadas, como é o caso da barragem de Ouro Preto.
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