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Especialistas avaliam os possíveis cúmplices do ataque mortal com pagers no Líbano

© AP Photo / Hassan AmmarAmbulância transporta pessoas feridas cujo pager portátil explodiu, em Beirute, Líbano, 17 de setembro de 2024
Ambulância transporta pessoas feridas cujo pager portátil explodiu, em Beirute, Líbano, 17 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2024
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O ataque a pagers no Líbano não pôde ser executado sem o envolvimento de alguma forma dos Estados Unidos, já que é uma operação técnica complexa que Israel não podia realizar sozinho, acreditam especialistas do Oriente Médio entrevistados pela Sputnik.
Nesta terça-feira (17), houve explosões de pagers em diferentes áreas do Líbano. O ministro da Saúde, Firas al-Abyad, informou que mais de 4 mil pessoas ficaram feridas e 11 pessoas morreram.

"O ataque ao Líbano não teria sido possível sem a coordenação entre Israel e a empresa que fabricou os dispositivos sem fio que explodiram e os EUA por trás dela", disse o especialista militar Ali Hamie que liga o acidente a uma visita recente do vice-assistente do presidente dos EUA e consultor sênior para Energia e Investimentos, Amos Hochstein, a Israel.

Ele acrescentou que serviços especiais engajaram o produtor dos pagers que deve ter entregado "códigos ou sistemas de decodificação de pagers para o lado israelense".
Segundo Hamie, o objetivo do ataque foi desviar a atenção do público israelense da Faixa de Gaza ao Líbano e "ganhar algum tempo para se preparar para uma grande operação no Líbano".
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O membro do parlamento libanês Kasem Hashem também não exclui que a operação de explosão não foi realizada por um único ator.

"Ele [Israel] tinha cúmplices", disse Hashem, acrescentando que o ataque ao Líbano "faz parte de uma expansão da agressão israelense" contra seu país, e "a guerra cibernética é um dos tipos mais perigosos de guerra usados por Israel".

O político ressalta que a resistência no Líbano está pronta para qualquer operação militar que Israel possa executar.
O cientista político e jornalista egípcio Amr Nassef disse à Sputnik que o ataque foi doloroso para o movimento libanês Hezbollah e por meio dessa ação, Israel "ganhou pontos na guerra cibernética com ele".

"A guerra tecnológica se tornou parte de qualquer conflito, e não se pode descartar a possibilidade de Israel ter sido auxiliado na realização de ataques aos dispositivos de comunicação do Hezbollah", afirmou Nassef.

Os especialistas concordaram em que o Hezbollah vai responder ao ataque. Segundo eles, a ação levou a mais uma rodada de confronto entre o Líbano e Israel.
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De acordo com relatos da mídia, o Hezbollah usa pagers como um sistema de comunicação fechado que é menos suscetível a hackers e escutas.
O movimento Hezbollah e as autoridades libanesas consideraram Israel responsável pelo incidente, e o primeiro prometeu a Tel Aviv uma resposta dura.
A Reuters informou que o Mossad, agência de inteligência israelense, colocou explosivos em cinco mil pagers de fabricação taiwanesa encomendados pelo Hezbollah.
De acordo com a agência, três mil pagers foram ativados e explodiram simultaneamente quando uma mensagem de código foi enviada.
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