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Detectam jatos expelidos por um buraco negro se alastrando por 23 milhões de anos-luz (FOTOS)

© Foto / R. Timmerman; LOFAR e Telescópio Espacial HubbleHercules A é alimentado por um buraco negro supermassivo localizado em seu centro, que se alimenta do gás ao redor e canaliza parte desse gás em jatos extremamente rápidos. Nossas novas observações de alta resolução feitas com a LOw Frequency ARray (LOFAR) revelaram que este jato cresce mais forte e mais fraco a cada poucas centenas de milhares de anos. Esta variabilidade produz as belas estruturas vistas nos lóbulos gigantes, cada um das quais é quase tão grande quanto a galáxia da Via Láctea
Hercules A é alimentado por um buraco negro supermassivo localizado em seu centro, que se alimenta do gás ao redor e canaliza parte desse gás em jatos extremamente rápidos. Nossas novas observações de alta resolução feitas com a LOw Frequency ARray (LOFAR) revelaram que este jato cresce mais forte e mais fraco a cada poucas centenas de milhares de anos. Esta variabilidade produz as belas estruturas vistas nos lóbulos gigantes, cada um das quais é quase tão grande quanto a galáxia da Via Láctea - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2024
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Astrônomos detectaram os maiores jatos alguma vez vistos expelindo de um buraco negro. Os jatos se estendem por cerca de 23 milhões de anos-luz, muito além dos limites da sua galáxia hospedeira e se estendendo por uma distância correspondente a 140 galáxias da Via Láctea alinhadas.
Os fluxos saem de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia localizada a cerca de 7,5 bilhões de anos-luz, o que significa que eles são vistos tal como eram quando o Universo de 13,8 bilhões de anos tinha apenas 6,3 bilhões de anos, cerca da metade de sua idade atual.
Assim, os jatos que brotam de cima e embaixo do buraco negro produzem trilhões de vezes mais energia por segundo do que o nosso Sol.
"Tínhamos conhecimento sobre estas estruturas feitas por jatos de buracos negros supermassivos de centros galácticos por muito tempo, mas este em particular se destaca por três razões", disse ao portal Space.com o membro da equipe Martin Hardcastle, da Universidade de Hertfordshire.
© Foto / E. Wernquist / D. Nelson (IllustrisTNG Collaboration) / M. OeiImagem de jatos Porfírio expelidos por um buraco negro localizado em uma galáxia a cerca de 7,5 bilhões de anos-luz
Imagem de jatos Porfírio expelidos por um buraco negro localizado em uma galáxia a cerca de 7,5 bilhões de anos-luz - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2024
Imagem de jatos Porfírio expelidos por um buraco negro localizado em uma galáxia a cerca de 7,5 bilhões de anos-luz

"Primeiro, é o maior até agora, com mais de 20 milhões de anos-luz de ponta a ponta, o que significa que vai do centro da sua galáxia hospedeira diretamente para fora no vazio entre galáxias e grupos de galáxias. Em segundo lugar, é um dos mais poderosos que conhecemos [...]. Por fim, é descoberto quando o Universo tinha apenas cerca de metade da sua idade atual, e acredita-se que tenha sido um lugar muito mais violento com muito mais acontecendo que poderia ter interrompido os jatos", explicou Hardcastle.

Os jatos gigantescos foram denominados pela equipe de Porfírio em referência ao gigante filho de Gaia na mitologia grega.
© Foto / Martijn Oei (Caltech) / Dylan Nelson (IllustrisTNG Collaboration)Impressão artística de sistemas de jatos gigantes atingindo as dimensões de uma teia cósmica
Impressão artística de sistemas de jatos gigantes atingindo as dimensões de uma teia cósmica  - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2024
Impressão artística de sistemas de jatos gigantes atingindo as dimensões de uma teia cósmica
Para detectar a megaestrutura, os astrônomos utilizaram dados do radiotelescópio europeu Low Frequency Array (LOFAR), especializado no estudo de sinais fracos e grandes estruturas no espaço. Técnicas de aprendizado de máquina e a ajuda de cientistas cidadãos também foram usadas para análise das imagens de rádio.
Descobriu-se que os jatos de Porfírio tinham um efeito na teia cósmica – os fios gigantes que ligavam as galáxias no Universo primordial. A dimensão e a potência dessas emissões, que superam os recordes anteriores, indicam que tais sistemas de jatos desempenharam um papel mais importante na evolução do Universo do que se pensava anteriormente.
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