Como está a investigação da sabotagem aos gasodutos Nord Stream 2 anos depois?
13:05 26.09.2024 (atualizado: 13:22 26.09.2024)
© Sputnik / Sergei Guneev
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Dois anos após uma série de explosões que deixaram o gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) inoperante, as potências ocidentais finalmente se moveram para identificar e punir as pessoas responsáveis por esse ato de terrorismo industrial. A Sputnik explica por que este movimento não é real.
Imediatamente após a destruição do Nord Stream, alguns países europeus — incluindo a Alemanha, que mais sofreu com a perda de acesso ao gás natural russo confiável e barato — demonstraram uma notável falta de interesse em chegar ao fundo desta questão.
A revelação bombástica do jornalista investigativo norte-americano Seymour Hersh que identificou os Estados Unidos (que tinham os meios para realizar este ataque e que repetidamente anunciaram seu desejo de encerrar o gasoduto Nord Stream 2) e a Noruega como os perpetradores do bombardeio foi amplamente ignorada.
Apesar de iniciar uma investigação formal sobre a destruição do gasoduto, a Dinamarca — um dos países por cujas águas o Nord Stream 2 foi instalado — encerrou a investigação em fevereiro de 2024, alegando não haver base para um caso criminal.
A Suécia — outro país cujas águas contêm uma parte do gasoduto — também encerrou sua investigação no mesmo mês devido à alegada falta de jurisdição.
Enquanto isso, a Alemanha agora alega que o ataque foi realizado por uma equipe de, por falta de um termo melhor, mergulhadores amadores da Ucrânia contratados por um grupo de oficiais ucranianos liderados por Valery Zaluzhny, ex-comandante-chefe das Forças Armadas do país.
Todas as potências ocidentais que alegaram ter investigado a destruição do Nord Stream também ignoraram intencionalmente os pedidos de informações da Rússia sobre as explosões que destruíram o gasoduto.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em agosto de 2024 que Berlim "deve parar de se recusar categoricamente a apresentar os fatos que eles não puderam deixar de descobrir".
Ele observou ainda que o fato de algumas das informações solicitadas por Moscou "não serem fornecidas por canais oficiais, mas aparecerem em jornais" sugere que toda essa investigação sobre supostas ações de alguns oficiais ucranianos pode ter como objetivo desviar a atenção pública dos verdadeiros perpetradores.