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Harris promete continuar assistência de segurança à Ucrânia se ganhar as eleições nos EUA

© AP Photo / Tobias SchwarzKamala Harris, vice-presidente dos EUA, durante entrevista coletiva com Vladimir Zelensky (fora da foto) na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, em 17 de fevereiro de 2024
Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, durante entrevista coletiva com Vladimir Zelensky (fora da foto) na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, em 17 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2024
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A vice-presidente norte-americana e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, afirmou nesta quinta-feira (26) que os Estados Unidos continuarão a fornecer assistência de segurança à Ucrânia se vencer as eleições. A declaração ocorre em meio ao apoio popular cada vez menor no país do envio de recursos ao regime de Kiev.
"Continuaremos a oferecer assistência de segurança. A Ucrânia precisa ter sucesso no campo de batalha", declarou Harris.
Essas afirmações foram feitas em uma coletiva de imprensa conjunta com Vladimir Zelensky na Casa Branca. O ucraniano está nos Estados Unidos por conta da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorreu ao longo da semana.
As agendas com o governo norte-americano levaram inclusive à abertura de uma investigação na Câmara dos Representantes por conta do uso de dinheiro público em uma viagem de Zelensky à Pensilvânia em meio à campanha de Harris. Do outro lado, o ex-presidente Donald Trump e boa parte do Partido Republicano criticam os gastos do país com o regime de Kiev.

Uso político da visita de Zelensky

Também nesta quinta, a oposição liderada por Trump denunciou o uso político da viagem de Zelensky aos EUA. A visita seria para a apresentação ao governo ucraniano de um "plano de vitória" no conflito contra a Rússia. Antes do encontro, a Casa Branca anunciou, em comunicado, a liberação de quase US$ 8 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) em ajuda militar.
Trump tem repetido que, caso seja eleito, vai colocar um ponto-final no conflito antes mesmo de ser empossado:

"Qualquer acordo, o pior acordo, teria sido melhor do que o que temos agora. Se eles [Ucrânia] tivessem feito um acordo ruim, teria sido muito melhor. Eles teriam desistido um pouco e todo mundo estaria vivendo, e cada prédio seria construído, e cada torre envelheceria por mais 2 mil anos", declarou Trump em discurso de campanha na Carolina do Norte na quarta-feira (25). "Que acordo podemos fazer? Está tudo demolido. As pessoas estão mortas. O país está em escombros", concluiu.

Casa Branca, em Washington, D.C., nos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2024
Panorama internacional
EUA anunciam pacote de ajuda de US$ 2,4 bilhões para Ucrânia, incluindo mais defesa aérea
Desde fevereiro de 2022 a Rússia realiza uma operação militar especial na Ucrânia, cujo objetivo, segundo o presidente Vladimir Putin, é proteger a população de "um genocídio por parte do regime de Kiev" e mitigar os riscos de segurança nacional representados pela expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.
Numerosos países apoiam Kiev com fornecimentos de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, alertou que os países ocidentais que apoiam a Ucrânia estão se tornando parte do conflito e que qualquer carregamento de armas para Kiev se tornará um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
Segundo o Kremlin, a política do Ocidente de abastecer a Ucrânia com armas não contribui para as negociações russo-ucranianas e terá apenas um efeito negativo.
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