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Por que a fumaça de incêndios está tomando o Brasil? (VÍDEO)
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As queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal atingiram níveis alarmantes em 2024, conforme diversos estudos e relatórios. 27.09.2024, Sputnik Brasil
2024-09-27T18:47-0300
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Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês), agência da União Europeia, as emissões de carbono nessas regiões estão "consistentemente acima da média" e superaram recordes históricos.O biólogo Gustavo Figueroa, do Instituto SOS Pantanal, alerta à Sputnik Brasil que as temperaturas extremamente altas, a seca prolongada e outros fatores climatológicos contribuíram para essa situação. "As queimadas no Pantanal estão se tornando um problema cada vez mais visível, e não é só para quem vive perto", disse.Em São Paulo, por exemplo, a qualidade do ar foi severamente afetada pela combinação de fumaça, calor extremo e baixa umidade. Dados da Secretaria de Saúde da capital paulista mostram que entre agosto e a primeira semana de setembro de 2024 houve 1.523 notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 76 mortes associadas à doença.Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que, no Pantanal, o número de focos de incêndio foi 22 vezes maior do que no mesmo período de 2023, enquanto na Amazônia o aumento foi de 76%. "Mesmo quem não vive no Pantanal está sentindo o impacto", comentou Figueroa.O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) destacou que a área de floresta nativa afetada pelo fogo aumentou 132% em agosto em comparação ao mesmo período de 2023, o que preocupa ainda mais especialistas, já que um terço dessa área é composta por vegetação nativa.O governo federal já anunciou a liberação de R$ 514,5 milhões para combater incêndios florestais e fortalecer órgãos de fiscalização.O Ministério do Meio Ambiente também reconheceu que a mudança climática intensificou os incêndios em cerca de 40% no Pantanal e elevou em até 20 vezes a probabilidade de eventos climáticos extremos na Amazônia Ocidental entre março de 2023 e fevereiro de 2024.Segundo ele, os incêndios já queimaram 44% a mais de área do que no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas.Qual a principal causa da devastação do Pantanal?O biólogo explica que a maior parte das queimadas tem relação direta com a ação humana, seja intencional ou por desconhecimento. "É difícil separar o que é crime e o que foi feito por falta de informação, mas mais de 95% dos incêndios têm a ver com a mão do homem."A situação deste ano, com seca histórica no bioma, eleva o risco de uma repetição dos efeitos observados em 2020, quando a fumaça dos incêndios no bioma cobriu o céu de cidades como São Paulo e fez parecer que era noite no meio da tarde.Apesar da gravidade da situação, o biólogo acredita que é possível explorar o Pantanal de forma responsável, citando a pecuária como exemplo. "A produção de gado no Pantanal é feita de maneira equilibrada com o meio ambiente há mais de 300 anos."Com a fumaça dos incêndios se espalhando pelo país, Figueroa acredita que esse impacto pode sensibilizar as pessoas para a gravidade da situação. "A fumaça está matando gente aqui em São Paulo, em Minas Gerais, no Sul. Não está restrito só a quem está ali [no Pantanal]."
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Por que a fumaça de incêndios está tomando o Brasil? (VÍDEO)
18:47 27.09.2024 (atualizado: 19:07 27.09.2024) Especiais
As queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal atingiram níveis alarmantes em 2024, conforme diversos estudos e relatórios.
Segundo o Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês), agência da União Europeia, as emissões de carbono nessas regiões estão "consistentemente acima da média" e superaram recordes históricos.
O biólogo Gustavo Figueroa, do Instituto SOS Pantanal, alerta à
Sputnik Brasil que as temperaturas extremamente altas, a
seca prolongada e outros fatores climatológicos contribuíram para essa situação. "As queimadas no Pantanal estão se tornando um problema cada vez mais visível, e não é só para quem vive perto", disse.
Em São Paulo, por exemplo, a qualidade do ar foi severamente afetada pela combinação de fumaça, calor extremo e baixa umidade. Dados da Secretaria de Saúde da capital paulista mostram que entre agosto e a primeira semana de setembro de 2024 houve 1.523 notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 76 mortes associadas à doença.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que, no Pantanal, o número de focos de incêndio foi 22 vezes maior do que no mesmo período de 2023, enquanto na Amazônia o aumento foi de 76%. "Mesmo quem não vive no Pantanal está sentindo o impacto", comentou Figueroa.
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) destacou que a área de floresta nativa afetada pelo fogo aumentou 132% em agosto em comparação ao mesmo período de 2023, o que preocupa ainda mais especialistas, já que um terço dessa área é composta por vegetação nativa.
O governo federal já anunciou a liberação de R$ 514,5 milhões para combater incêndios florestais e fortalecer órgãos de fiscalização.
O
Ministério do Meio Ambiente também reconheceu que a mudança climática intensificou os incêndios em cerca de
40% no Pantanal e elevou em até 20 vezes a probabilidade de eventos climáticos extremos na Amazônia Ocidental entre março de 2023 e fevereiro de 2024.
Segundo ele, os incêndios já queimaram 44% a mais de área do que no mesmo período de 2020, ano recorde de queimadas.
Qual a principal causa da devastação do Pantanal?
O biólogo explica que a maior parte das queimadas tem relação direta com a ação humana, seja intencional ou por desconhecimento. "É difícil separar o que é crime e o que foi feito por falta de informação, mas mais de 95% dos incêndios têm a ver com a mão do homem."
A situação deste ano, com seca histórica no bioma, eleva o risco de uma repetição dos efeitos observados em 2020, quando a
fumaça dos incêndios no bioma cobriu o céu de cidades como São Paulo e fez parecer que era noite no meio da tarde.
"A expectativa é de que o Pantanal ainda vai ter seus ciclos de cheias, mas não como antes", alerta.
Apesar da gravidade da situação, o biólogo acredita que é possível explorar o Pantanal de forma responsável, citando a pecuária como exemplo. "A produção de gado no Pantanal é feita de maneira equilibrada com o meio ambiente há mais de 300 anos."
Com a fumaça dos incêndios
se espalhando pelo país, Figueroa acredita que esse impacto pode sensibilizar as pessoas para a gravidade da situação. "A fumaça está matando gente aqui em São Paulo, em Minas Gerais, no Sul. Não está restrito só a quem está ali [no Pantanal]."
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