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Quem será vencedor e quem será vencido na corrida pela energia nuclear no mundo?

© Sputnik / Maksim Blinov / Acessar o banco de imagensUma bandeira nacional russa e bandeiras com o logotipo da Rosatom tremulam no canteiro de obras de uma torre de resfriamento na usina nuclear de Kursk II, perto da vila de Makarovka, nos arredores de Kurchatov, região de Kursk, Rússia
Uma bandeira nacional russa e bandeiras com o logotipo da Rosatom tremulam no canteiro de obras de uma torre de resfriamento na usina nuclear de Kursk II, perto da vila de Makarovka, nos arredores de Kurchatov, região de Kursk, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2024
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Os europeus e norte-americanos apostaram na descarbonização, exigindo triplicar as capacidades das usinas nucleares até 2050 na conferência climática COP28, mas parecem não estar preparados para a mudança.
Na Semana do Clima em Nova York de 22 a 29 de setembro de 2024, os principais bancos e organizações financeiras do mundo endossaram formalmente a ambiciosa meta da COP28, atribuindo à energia nuclear um papel fundamental na descarbonização.
Inicialmente, os especialistas do clima classificaram a energia nuclear da mesma maneira que outras fontes tradicionais de energia, planejando substituí-la por turbinas eólicas e painéis solares.
Agora, as usinas nucleares estão de volta à agenda ambiental.

Situação no Ocidente

O consumo de energia na Europa mostra que, abdicando do fornecimento do gás russo, não é possível obter muita energia com o vento ou o sol.
O problema está se tornando global: nos EUA, há cada vez menos usinas nucleares, e as que existem estão obsoletas.
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Enquanto a Alemanha fechou todas as suas usinas nucleares, como parte da luta pelo meio ambiente, sua vizinha, a França, é líder mundial em proporção de energia nuclear no setor energético – 70%.
Agora, Berlim está comprando energia das usinas nucleares francesas e das polonesas, que produzem eletricidade a partir do carvão.

"Ao contrário das fontes renováveis, como a eólica ou a solar, as usinas nucleares podem operar 24 horas por dia. Isso é especialmente importante durante os períodos de pico de consumo, quando as usinas solares ou eólicas não conseguem lidar com a sobrecarga. E o mundo precisa cada vez mais de energia para tecnologias como a inteligência artificial, por exemplo", diz o cientista político Pavel Sevostyanov da Universidade Russa de Economia Plekhanov.

Há mais política do que pragmatismo na energia verde. Fornecer eletricidade a uma casa de campo e a uma grande megalópole industrial está longe de ser a mesma coisa, observa Khadzhimurad Belkharoev, cientista em relações econômicas internacionais da Universidade Russa da Amizade dos Povos.
Vista aérea da barragem de Itaipu, no rio Paraná, entre Brasil e Paraguai, e das 20 usinas produtoras de energia elétrica. Foz do Iguaçu (PR), 26 de agosto de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2024
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Novas potências energéticas

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que a energia nuclear crescerá a uma taxa média anual de 3% nos próximos anos.
Para o Ocidente, a tarefa de expandir a energia nuclear é extremamente difícil. Há falta de matérias-primas, perda de competências e falta de financiamento.
Mais da metade dos novos reatores vai ser comissionada na China e na Índia, com 90% das unidades em construção sendo russas ou chinesas.
Na questão dos recursos, a Rússia hoje em dia está entre os líderes. No ano passado, Moscou exportou urânio enriquecido no valor de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,69 bilhões).
Logotipo da corporação estatal russa Rosatom durante exposição em São Petersburgo, Rússia, em 8 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2024
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A empresa Enrichment Market Outlook prevê que, até 2035, a Rússia controle até 30% do mercado global nesse segmento.
Com as sanções impostas à Rússia, o país está substituindo os antigos parceiros por novos.

"A África é o novo pólo de atração. Esse continente carece claramente de artérias de água de superfície, o que dificulta seriamente o desenvolvimento do setor de energia hidroelétrica e, consequentemente, da indústria, bem como o desenvolvimento dos ricos recursos escondidos no seu subsolo. Nessas condições, uma usina nuclear é a solução ideal", explicou Belkharoev.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a Rússia deve consolidar a liderança mundial na esfera nuclear, essa é um dos objetivos de um novo projeto nacional da Rússia.
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