https://noticiabrasil.net.br/20241004/malvinas-pacto-com-reino-unido-revela-sindrome-de-estocolmo-do-governo-argentino-diz-analista-36792952.html
Malvinas: pacto com Reino Unido revela 'síndrome de Estocolmo' do governo argentino, diz analista
Malvinas: pacto com Reino Unido revela 'síndrome de Estocolmo' do governo argentino, diz analista
Sputnik Brasil
O acordo alcançado entre o Reino Unido e a Argentina para permitir a exploração pesqueira das ilhas Malvinas, ocupadas pelos britânicos, constitui um ato... 04.10.2024, Sputnik Brasil
2024-10-04T18:47-0300
2024-10-04T18:47-0300
2024-10-04T21:10-0300
panorama internacional
javier milei
mauricio macri
diana mondino
argentina
reino unido
malvinas
sputnik brasil
telegram
sputnik
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/06/15/23202497_0:0:3191:1796_1920x0_80_0_0_2a028844769c8fde72080a6b8af3ec08.jpg
Na sequência da decisão do Reino Unido de devolver o território de Chagos às ilhas Maurício, com exceção de uma base militar que o país britânico partilha com os Estados Unidos na ilha de Diego Garcia, Filmus considerou pertinente o elogio da ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, ao feito alcançado pela ex-colônia britânica.O antigo funcionário observou, no entanto, que as ilhas Maurício agiram de forma contrária às orientações seguidas pelo governo argentino, que levou o assunto a todos os órgãos judiciais e internacionais."Eles confiaram no caso argentino", disse o ex-secretário das Malvinas, que ocupou o mesmo cargo entre 2019 e 2021, e também entre 2014 e 2015, durante o governo de Cristina Kirchner (2007–2015).Por outro lado, é grave a posição adotada pela administração Milei, com o anúncio de um pacto que permite ao Reino Unido a exploração pesqueira das ilhas Malvinas, afirma Filmus.O acordo, assinado entre a chanceler argentina e seu homólogo britânico, David Lammy, também retoma um serviço aéreo semanal da cidade brasileira de São Paulo para o arquipélago, com escala mensal na província argentina de Córdoba.O entendimento inclui a continuação da terceira fase de identificação dos ex-combatentes argentinos enterrados no cemitério de Darwin.O ex-secretário destacou que "não há história no mundo de um país que não permita a identificação dos mortos em combate, e isso [a Guerra das Malvinas] aconteceu há mais de 40 anos".A declaração é muito grave, segundo ele, pois tem as mesmas características desfavoráveis para a Argentina que a assinada em 2018 pelo governo de Mauricio Macri, que governou de 2015 a 2019.O governo de Alberto Fernández (2019–2023) suspendeu o acordo de pesca semelhante, assinado em 13 de setembro de 2016 pelo então vice-chanceler de Macri, Carlos Foradori, e pelo seu homólogo britânico, Alan Duncan.Esse acordo "apenas fez com que a Argentina fornecesse informações aos britânicos, e eles não nos permitiram acessar as Malvinas para obter nossas informações", revelou Filmus.O ex-secretário das Malvinas acrescentou que representa "uma gravidade incomum" que o Executivo de Milei autorize um serviço aéreo semanal do Brasil com escala na Argentina.O novo acordo que o Reino Unido assinou com a atual administração, ao qual até a própria vice-presidente argentina, Victoria Villarruel, se opôs, significa que o país europeu continuará a usurpar o território, alertou o ex-ministro.As ilhas Malvinas estão ocupadas pelo Reino Unido desde 1833. Buenos Aires e Londres mantêm desde então uma disputa pela soberania do arquipélago, que inclui também as ilhas Geórgia e as ilhas Sandwich do Sul, que deram origem, em abril de 1982, à junta militar do general Leopoldo Galtieri (1981–1982).Galtieri governou o país e tentou recuperar o arquipélago através de uma ofensiva contra o Reino Unido de Margaret Thatcher (1979–1990), que terminou com a derrota do país sul-americano e com quase mil mortes entre os dois lados apenas durante o conflito armado.Os dois países retomaram as relações diplomáticas em fevereiro de 1990, durante a gestão do então presidente argentino Carlos Menem (1989–1999).
https://noticiabrasil.net.br/20240506/milei-admite-que-malvinas-estao-nas-maos-do-reino-unido-e-diz-que-argentina-nao-procura-conflito-34437066.html
argentina
reino unido
malvinas
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2024
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/06/15/23202497_460:0:3191:2048_1920x0_80_0_0_093f89e853bc4ba214a8803af9cdbf90.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
javier milei, mauricio macri, diana mondino, argentina, reino unido, malvinas, sputnik brasil, telegram, sputnik, américas, europa
javier milei, mauricio macri, diana mondino, argentina, reino unido, malvinas, sputnik brasil, telegram, sputnik, américas, europa
Malvinas: pacto com Reino Unido revela 'síndrome de Estocolmo' do governo argentino, diz analista
18:47 04.10.2024 (atualizado: 21:10 04.10.2024) O acordo alcançado entre o Reino Unido e a Argentina para permitir a exploração pesqueira das ilhas Malvinas, ocupadas pelos britânicos, constitui um ato absurdo com graves consequências para a nação sul-americana, disse à Sputnik o ex-secretário das Malvinas, Antártica e Atlântico Sul, o sociólogo Daniel Filmus.
"A estratégia implementada pelo governo de Javier Milei é a estratégia da síndrome de Estocolmo: tratá-los bem para que simpatizem e nos devolvam as ilhas", afirmou Filmus, que também já foi ministro da Ciência e Tecnologia.
Na sequência da decisão do Reino Unido de devolver o território de Chagos às ilhas Maurício, com exceção de uma base militar que o país britânico partilha com os Estados Unidos na ilha de Diego Garcia, Filmus considerou pertinente o elogio da ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, ao feito alcançado pela ex-colônia britânica.
O antigo funcionário observou, no entanto, que as ilhas Maurício agiram de forma contrária às orientações seguidas pelo governo argentino, que levou o assunto a todos os órgãos judiciais e internacionais.
"Eles confiaram no caso argentino", disse o ex-secretário das Malvinas, que ocupou o mesmo cargo entre 2019 e 2021, e também entre 2014 e 2015, durante o governo de Cristina Kirchner (2007–2015).
Por outro lado, é grave a posição adotada pela administração Milei, com o anúncio de um pacto que permite ao Reino Unido a exploração pesqueira das
ilhas Malvinas, afirma Filmus.
O acordo, assinado entre a
chanceler argentina e seu homólogo britânico, David Lammy, também retoma um serviço aéreo semanal da cidade brasileira de São Paulo para o arquipélago, com escala mensal na província argentina de Córdoba.
O entendimento inclui a continuação da terceira fase de identificação dos ex-combatentes argentinos enterrados no cemitério de Darwin.
O ex-secretário destacou que "não há história no mundo de um país que não permita a identificação dos mortos em combate, e isso [a Guerra das Malvinas] aconteceu há mais de 40 anos".
"Também é ultrajante colocar a questão humanitária e a questão das pescas no mesmo comunicado conjunto, como se lhes deixássemos os voos e lhes passássemos a questão das pescas, e eles depois permitissem a identificação dos ex-soldados", criticou.
A declaração é muito grave, segundo ele, pois tem as mesmas características desfavoráveis para a Argentina que a assinada em 2018 pelo governo de Mauricio Macri, que governou de 2015 a 2019.
O governo de Alberto Fernández (2019–2023) suspendeu o acordo de pesca semelhante, assinado em 13 de setembro de 2016 pelo então vice-chanceler de Macri, Carlos Foradori, e pelo seu homólogo britânico, Alan Duncan.
Esse acordo "apenas fez com que a Argentina fornecesse informações aos britânicos, e eles não nos permitiram acessar as Malvinas para obter nossas informações", revelou Filmus.
"Quando acessamos os documentos, vimos que eram todos de mão única: podiam embarcar nos navios argentinos que faziam pesquisas, e nós não podíamos embarcar nos navios britânicos que estavam na zona de exclusão que estabeleceram em torno das Malvinas", explicou.
O ex-secretário das Malvinas acrescentou que representa "uma gravidade incomum" que o Executivo de Milei autorize um serviço aéreo semanal do Brasil com escala na Argentina.
"Para nós devem ser voos domésticos e devem ser feitos pela companhia aérea de bandeira argentina, mas querem que eu saia de São Paulo para vender e comprar mercadorias, que é justamente o que não podemos evitar", questionou Filmus.
O novo acordo que o Reino Unido assinou com a atual administração, ao qual até a própria vice-presidente argentina, Victoria Villarruel, se opôs, significa que o país europeu continuará a usurpar o território, alertou o ex-ministro.
"Em algum momento, os ingleses estiveram perto de pensar na alternativa argentina, porque seria um avanço. A Argentina já tinha seus voos para as Malvinas antes da guerra [1982] e foi quem viajou para lá, quem construiu o aeroporto que tinham, quem trazia o combustível e a correspondência", lembrou o sociólogo. "Não podemos favorecer que também tirem os recursos naturais que pertencem a 45 milhões de argentinos", concluiu.
As ilhas Malvinas estão ocupadas pelo Reino Unido desde 1833. Buenos Aires e Londres mantêm desde então uma disputa pela
soberania do arquipélago, que inclui também as ilhas Geórgia e as ilhas Sandwich do Sul, que deram origem, em abril de 1982, à junta militar do general Leopoldo Galtieri (1981–1982).
Galtieri governou o país e tentou recuperar o arquipélago através de uma ofensiva contra o Reino Unido de Margaret Thatcher (1979–1990), que terminou com a derrota do país sul-americano e com quase mil mortes entre os dois lados apenas durante o conflito armado.
Os dois países retomaram as relações diplomáticas em fevereiro de 1990, durante a gestão do então presidente argentino Carlos Menem (1989–1999).
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).