Crise humanitária em Gaza: confira os números alarmantes sobre a guerra de Israel no enclave
12:11 08.10.2024 (atualizado: 13:41 08.10.2024)
© AP Photo / Fatima ShbairPalestinos fazem fila para uma refeição em Rafah. Faixa de Gaza, 21 de dezembro de 2023
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Na segunda-feira (7) fez um ano desde que o ataque do Hamas ceifou a vida de mais de 1.200 pessoas em Israel e deixou quase 5.500 feridos. A guerra de Gaza desencadeada por Israel no enclave viu mais de 41.600 palestinos mortos, incluindo idosos, mulheres e crianças, e mais de 96.600 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
Como a guerra em Gaza está afetando os civis?
Com um ano de conflito completo em 7 de outubro de 2024, mais de 50.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde palestino, foram deslocados no norte de Gaza após a intensificação dos ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI) na região, incluindo em Beit Lahia e Jabalia, onde um campo de refugiados está localizado. Mais cedo, ainda no sábado (6), Israel anunciou o reposicionamento de tropas de Rafah para o norte de Gaza.
"O sul de Gaza está completamente sobrecarregado e não pode acomodar mais pessoas", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric. "Muitos outros no norte, especialmente no campo de refugiados de Jabalia, estão presos em suas casas, incapazes de sair com segurança."
Mais de 70.000 unidades habitacionais em Gaza foram destruídas por ataques israelenses, declarou o Ministério de Obras Públicas e Habitação da Autoridade Palestina.
Cerca de 1,9 milhão de habitantes de Gaza — quase toda a população da região — foi deslocada sem um lugar seguro para ir, de acordo com a ONU.
A população da Faixa tem acesso limitado ou nenhum acesso a cuidados de saúde, alimentação, eletricidade ou ajuda humanitária, declararam autoridades locais, ao mesmo tempo em que observaram que as crianças palestinas em Gaza foram privadas de educação por um ano.
Escolas, hospitais e outras instalações residenciais de Gaza foram sistematicamente atacadas, enquanto comboios de ajuda foram repetidamente bloqueados e até atacados.
Mais de 300 trabalhadores humanitários, a maioria da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), foram mortos em Gaza, o que é superior a qualquer outra crise já vista, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.