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Coreia do Sul critica decisão do Norte de bloquear a fronteira como um ato 'antiunificação'

© AP Photo / Kim Hyun-taeBandeira da Coreia do Norte em mastro na fronteira com a Coreia do Sul (foto de arquivo)
Bandeira da Coreia do Norte em mastro na fronteira com a Coreia do Sul (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2024
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O Ministério da Unificação sul-coreano condenou veementemente nesta quinta-feira (10) a decisão da Coreia do Norte de cortar todas as estradas e ligações ferroviárias com o Estado fronteiriço, chamando-o de um ato "antiunificação" que marca um novo capítulo nas já tensas relações inter-coreanas.

"Condenamos veementemente a medida da Coreia do Norte como um ato antiunificação e antinacional que rejeita a aspiração de unificação por parte do nosso povo e residentes na Coreia do Norte", disse o ministério, citado pela agência de notícias Yonhap.

Na quarta-feira (9), o Estado-Maior norte-coreano disse que pretendia bloquear e fechar todas as estradas e ferrovias que ligam o seu território à Coreia do Sul, e fortalecer as suas estruturas defensivas na área. Desde o final do ano passado, a Coreia do Norte tomou várias medidas para fechar rotas intercoreanas, incluindo a instalação de minas terrestres e a remoção de luzes de rua ao longo das principais linhas de transporte.
O presidente do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, almirante Kim Myung-soo, sugeriu que as ações da Coreia do Norte também podem ter como objetivo impedir que seus cidadãos deixem o país.

"[Nós] achamos que poderia ser para bloquear a saída de pessoas para dentro. Tais medidas apenas farão [com que] se isole e são um ato irracional", disse o presidente do Estado-Maior Conjunto, citado pela apuração.

Mais cedo, segundo a KNCA, o Estado-Maior do Exército da Coreia do Norte afirmou que o país vai fechar as estradas e as ferrovias com a Coreia do Sul e vai tornar "a fronteira uma fortaleza".
Tal afirmação está ligada à "séria situação" que veio a se criar "na área da fronteira sul" do país. Em particular, a agência lembrou dos treinamentos efetuados cotidianamente no território da Coreia do Sul.

Segundo o acordo de 1991, as relações intercoreanas são definidas como uma "relação especial" estabelecida provisoriamente no decurso do processo de reunificação, e não como interações entre Estados. Durante uma reunião parlamentar em dezembro, o líder norte-coreano Kim Jong-un descreveu as relações inter-coreanas como aquelas entre "dois Estados hostis um ao outro", rejeitando qualquer noção de reconciliação ou unificação com o Sul.

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