Lula presta solidariedade a presidente da Colômbia: 'Não se pode abrir mão do devido processo legal'
20:15 10.10.2024 (atualizado: 20:34 10.10.2024)
© Ricardo Stuckert / PRO presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião restrita com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na Casa de Nariño. Bogotá, Colômbia, 17 de abril de 2024
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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se solidarizou com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, em meio a uma investigação iniciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) por supostamente ter ultrapassado os limites financeiros durante a campanha presidencial de 2022, que o levou à presidência.
"Como alguém que foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente Gustavo Petro", escreveu Lula em sua conta no X nesta quinta-feira (10).
Como alguém que já foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente @petrogustavo. Não se pode abrir mão do devido processo legal, ainda mais quando o que está em jogo é a vontade do povo expressa democraticamente pelas urnas. Lembro…
— Lula (@LulaOficial) October 10, 2024
O chefe de Estado brasileiro recordou quando, em setembro de 2016, a ex-presidente brasileira, Dilma Rousseff, "foi vítima de um processo de impeachment sem base legal e esse foi o começo de um período turbulento e traumático na história do Brasil".
"Não se pode abrir mão do devido processo legal, muito menos quando está em jogo a vontade do povo expressa democraticamente nas urnas", afirmou o chefe de Estado brasileiro.
Na terça-feira (8), o CNE aprovou, por 7 votos a favor e 2 contra, a investigação contra Petro.
São feitas acusações contra "a campanha presidencial de primeiro e segundo turnos da coalizão Pacto Histórico, representada pelos cidadãos Gustavo Francisco Petro Urrego, candidato; e Ricardo Roa Barragán, gerente de campanha".
Em resposta, Petro afirmou que a investigação da sua campanha está criando um "golpe ao estilo colombiano" e considerou que esse é o primeiro passo para destituí-lo do cargo através do recurso às instituições do Estado.