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'Cooperação e multilateralismo': a importância de ampliar chances de estudo de brasileiros na Rússia
'Cooperação e multilateralismo': a importância de ampliar chances de estudo de brasileiros na Rússia
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Oportunidades de estudo no exterior não só aumentam a troca de saberes entre as nações, como também são uma forma de ampliar o multilateralismo, afirma à... 12.10.2024, Sputnik Brasil
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Acontece neste final de semana o 9º encontro de membros da União dos Ex-Estudantes na Rússia e Ex-União Soviética (Ueruss). Com a presença do embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, mais de 70 ex-estudantes do país e da América Latina se reúnem em Brasília.Durante o encontro, o embaixador Labetskiy leu para os formandos um discurso proveniente do reitor da Universidade da Amizade dos Povos (RUDN), Oleg Yastrebov, em que se destacou o papel da RUDN em treinar mais de 80 mil especialistas estrangeiros, dentro os quais 10,5 mil para a América Latine e Caribe. O Brasil, ressaltou, é o país líder em egressos da educação superior da RUDN.Um desses estudantes é George Gurgel de Oliveira, que se formou na instituição quando era chamada de Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL), em homenagem ao primeiro premiê do da República Democrática do Congo, deposto depois de um golpe orquestrado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.À Sputnik Brasil, Gurgel, que se especializou em petróleo e gás e hoje é professor na Universidade Federal da Bahia (UFBA), destacou que em 1975, época em que foi à União Soviética (URSS) estudar, havia cerca de cem brasileiros no país com bolsas financiadas pela própria URSS. Para isso contavam com autorização do governo brasileiro mesmo na época da ditadura. "E quem fazia a intermediação era o próprio Partido Comunista Brasileiro."Rússia e Brasil: 'Ganha-ganha'George Gurgel, que também é presidente da Ueruss, afirma à Sputnik Brasil que mais do que uma relação de "ganha-ganha" acadêmica típica do intercâmbio universitário, o estudos de brasileiros na Rússia e de russos no Brasil promove a ascensão de uma ordem multipolar."Educação, ciência e tecnologia são fundamentais na estratégia de um pais que quer ser mais justo, inclusivo e capaz enfrentar os desafios da contemporaneidade", diz Gurgel.Nesse sentido, a aproximação também deve acontecer entre todos os países do BRICS, afirma o professor da UFBA. Em sua fala à Sputnik Brasil, o presidente da União dos Ex-Estudantes na Rússia e Ex-União Soviética sublinhou a presença de centenas de reitores no 1º Encontro Brasil-Rússia-Belarus de Cooperação Acadêmica em Ciência, Tecnologia e Inovação, em Moscou, evento que antecede a Cúpula de Reitores das Universidades do BRICS em 17 e 18 de outubro. "Isso é um avanço fantástico na área da cooperação acadêmica. Essas operações de ganha-ganha são boas para todos."
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'Cooperação e multilateralismo': a importância de ampliar chances de estudo de brasileiros na Rússia
20:16 12.10.2024 (atualizado: 20:18 12.10.2024) Especiais
Oportunidades de estudo no exterior não só aumentam a troca de saberes entre as nações, como também são uma forma de ampliar o multilateralismo, afirma à Sputnik Brasil o professor da Universidade Federal da Bahia e presidente da União dos Ex-Estudantes na Rússia e Ex-União Soviética, George Gurgel.
Acontece neste final de semana o 9º encontro de membros da União dos Ex-Estudantes na Rússia e Ex-União Soviética (Ueruss).
Com a presença do embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, mais de 70 ex-estudantes do país e da América Latina se reúnem em Brasília.
Durante o encontro, o embaixador Labetskiy leu para os formandos um discurso proveniente do reitor da Universidade da Amizade dos Povos (RUDN), Oleg Yastrebov, em que se destacou o papel da RUDN em treinar mais de 80 mil especialistas estrangeiros, dentro os quais 10,5 mil para a América Latine e Caribe.
O Brasil, ressaltou, é o país líder em egressos da educação superior da RUDN.
Um desses estudantes é George Gurgel de Oliveira, que se formou na instituição quando era chamada de Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL), em homenagem ao primeiro premiê do da República Democrática do Congo, deposto depois de um golpe orquestrado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.
À Sputnik Brasil, Gurgel, que se especializou em petróleo e gás e hoje é professor na Universidade Federal da Bahia (UFBA), destacou que em 1975, época em que foi à União Soviética (URSS) estudar, havia cerca de cem brasileiros no país com bolsas financiadas pela própria URSS. Para isso contavam com autorização do governo brasileiro mesmo na época da ditadura.
"E quem fazia a intermediação era o próprio Partido Comunista Brasileiro." "Era uma universidade muito interessante, a ideia da cooperação, da solidariedade. Nós jovens nos integrando com a juventude da Ásia, África, América Latina e com a própria juventude soviética. E por isso temos, até hoje, essa gratidão à Rússia e à República soviética."
Rússia e Brasil: 'Ganha-ganha'
George Gurgel, que também é presidente da Ueruss, afirma à Sputnik Brasil que mais do que uma relação de "ganha-ganha" acadêmica típica do intercâmbio universitário, o estudos de brasileiros na Rússia e de russos no Brasil promove a ascensão de uma ordem multipolar.
"Educação, ciência e tecnologia são fundamentais na estratégia de um pais que quer ser mais justo, inclusivo e capaz enfrentar os desafios da contemporaneidade", diz Gurgel.
"É importante que o Brasil, Rússia e os países do BRICS trabalhem essa cooperação, de modo que isso se reflita inclusive na Organização das Nações Unidas [ONU]."
Nesse sentido, a aproximação também deve acontecer entre todos os países do BRICS, afirma o professor da UFBA.
"Colocar a educação como fundamento para uma relação melhor entre todos esses países, e os da América Latina, é construir estratégias de curto e médio prazo de aproximação."
Em sua fala à Sputnik Brasil, o presidente da União dos Ex-Estudantes na Rússia e Ex-União Soviética sublinhou a presença de centenas de reitores no 1º Encontro Brasil-Rússia-Belarus de Cooperação Acadêmica em Ciência, Tecnologia e Inovação, em Moscou, evento que antecede a
Cúpula de Reitores das Universidades do BRICS em 17 e 18 de outubro.
"Isso é um avanço fantástico na área da cooperação acadêmica.
Essas operações de ganha-ganha são boas para todos."
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