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BMW: Europa terá que cancelar proibição de motores a gasolina se quer reduzir comércio com China

© AP Photo / Andy WongUm carro movido a eletricidade é visto em exibição no Salão do Automóvel de Carros Elétricos e Economia de Energia Limpa em Pequim, China, 14 de julho de 2009
Um carro movido a eletricidade é visto em exibição no Salão do Automóvel de Carros Elétricos e Economia de Energia Limpa em Pequim, China, 14 de julho de 2009 - Sputnik Brasil, 1920, 15.10.2024
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A Europa deve cancelar seu plano de proibir novos carros que emitem combustíveis fósseis a partir de 2035 se quer reduzir a dependência da cadeia de fornecimento de baterias da China, disse a BMW nesta terça-feira (15).
O CEO da BMW, Oliver Zipse, disse que há muito tempo pressiona os reguladores para permitirem novas tecnologias no setor, mas que o clima na Europa estava "tendendo para o pessimismo", e que a região precisava de uma nova estrutura regulatória para permanecer competitiva.

"Uma correção da meta de 100% de veículos elétricos a bateria para 2035 como parte de um pacote abrangente de redução de CO2 também daria aos OEMs europeus menos dependência da China para baterias [...] [a fim de] manter o curso bem-sucedido, um caminho estritamente independente de tecnologia dentro da estrutura política é essencial", disse Zipse no Salão do Automóvel de Paris, segundo a Reuters.

Também em Paris, o chefe da associação automobilística francesa PFA, não chegou a pedir a abolição da proibição de 2035, mas disse que era necessário "voltar à mesa" rapidamente para discutir a revisão das metas, atualmente programada para 2026, relata a mídia.
Em março de 2023, os países da UE aprovaram uma lei histórica que exigiria que todos os carros novos tivessem zero emissões de CO2 a partir de 2035, proibindo efetivamente veículos a diesel e gasolina, e 55% menos emissões de CO2 a partir de 2030, em comparação aos níveis de 2021.
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A discussão acontece em meio a uma verdadeira guerra comercial entre a União Europeia e a China, após o bloco europeu aplicar altas taxas na importação de veículos elétricos chineses. Em retaliação, Pequim está estudando introduzir taxas sob os europeus no setor de bebidas alcóolicas e laticínios.
A Alemanha, país de Zipse, foi um dos apenas cinco países-membros da União Europeia que votou contra as tarifas contra os chineses.
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