Político francês diz que BRICS é uma 'tábua de salvação' para a Europa contra o imperialismo dos EUA
06:42 22.10.2024 (atualizado: 07:06 22.10.2024)
© Sputnik / Aleksei Danichev
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O líder do partido Patriotas Franceses, Florian Philippot, afirmou à Sputnik que o grupo BRICS é uma oportunidade para a Europa no sentido do desenvolvimento de um futuro alternativo ao imperialismo norte-americano.
"A criação do BRICS é, acima de tudo, uma reestruturação da ordem mundial, um questionamento fundamental do imperialismo norte-americano e do sistema – baseado militarmente na OTAN e diplomaticamente na União Europeia – que foi criado para o continente europeu depender dos EUA", disse Philippot à Sputnik.
Para o político francês, "a questão hoje é se estamos dispostos a morrer pelo imperialismo norte-americano ou se vemos no BRICS uma oportunidade para o desenvolvimento futuro em vez de uma ameaça existencial".
O líder dos Patriotas assumiu que a França, graças aos seus laços históricos com a Rússia e à sua proximidade geográfica com alguns membros do BRICS através de territórios ultramarinos, poderia se tornar um elo com esta aliança.
Sobre a presença de países como a Sérvia ou a Turquia na cúpula do BRICS, que começa nesta terça-feira (22) na cidade russa de Kazan, Philippot disse que "é um sinal de rebelião, de protesto" contra uma ordem mundial imposta pelos EUA.
"O que é necessário é a máxima soberania e independência", enfatizou.
No dia 1º de janeiro, a Rússia assumiu a presidência rotativa do BRICS para 2024, ano que começou com a admissão de novos membros.
A associação, inicialmente composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, foi ampliada com a entrada de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã em 1º de janeiro de 2024.
O grupo representa hoje quase metade da população mundial, 40% da produção mundial de petróleo e cerca de 25% das exportações de bens.