'Crime eleitoral': Boulos rechaça fala sobre facção e pede inelegibilidade de Nunes e Tarcísio
17:16 27.10.2024 (atualizado: 17:33 27.10.2024)
© Foto / Paulo Pinto / Agência BrasilGuilherme Boulos durante entrevista ao programa DR com Demori, na TV Brasil, em São Paulo. Brasil, 15 de outubro de 2024
© Foto / Paulo Pinto / Agência Brasil
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Em ação protocolada na Justiça, Boulos aponta que o governador Tarcísio de Freitas cometeu crime eleitoral e abuso de poder no dia da votação de segundo turno das eleições municipais para favorecer seu candidato, Ricardo Nunes.
O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) protocolou neste domingo (27) uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) que pede investigação judicial eleitoral para apurar abuso de poder político e uso indevido dos veículos de comunicação social pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato a prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o seu vice, Mello Araújo (PL) .
O pedido tem como base uma declaração dada por Tarcísio neste domingo, no segundo turno das eleições municipais, que associou Boulos à facção criminosa paulista PCC. Sem apresentar provas, Tarcísio afirmou que conversas supostamente interceptadas por serviço de inteligência apontaram que a facção orientou familiares a apoiadores a votar em Boulos.
A afirmação foi feita em coletiva após a votação de Tarcísio no Colégio Miguel Cervantes, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
❗️🗣 Governador de SP acusa facção criminosa de orientar voto em Boulos
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 27, 2024
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou na manhã de hoje (27) que agentes dos serviços de inteligência interceptaram conversas de integrantes de facções criminosas em que supostamente… pic.twitter.com/vSeGAXfBoq
Boulos tomou conhecimento da declaração logo após sair do colégio Objetivo, na avenida Paulista, onde acompanhou a avó para votação. Ele classificou a declaração como "uma vergonha".
"Que vergonha, né. Nada mais a dizer, é o candidato que ele apoia [o prefeito Ricardo Nunes] que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo", afirmou.
Em seguida, ele divulgou uma nota, por meio de sua assessoria, na qual criticou a postura de Tarcísio e afirmou que iria protocolar a ação na Justiça.
"É criminosa a atitude do governador Tarcísio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições. Tarcísio é cabo eleitoral de Nunes, faz tal declaração ao lado do prefeito em claro gesto de campanha. Usa a máquina pública de maneira vergonhosa e irresponsável. Isso fere todos os preceitos democráticos."
Na íntegra da ação protocolada, replicada pelo site Congresso em Foco, a chapa de Boulos pede a cassação do registro ou diploma dos candidatos e declaração de inelegibilidade por oito anos de Tarcísio, Nunes e Araújo.
"Trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito, no dia da eleição, de uma forma jamais vista no Estado de São Paulo. A utilização do cargo de governador do estado com a finalidade de interferir no resultado da eleição, no dia da votação, é evidente", diz o texto da ação.