DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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DNA de personagem de antiga saga escandinava é decodificado pela 1ª vez (FOTOS)

© Foto / Diretoria Norueguesa de Patrimônio CulturalRestos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês.
Restos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês. - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2024
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Pela primeira vez, os cientistas isolaram e decodificaram o DNA de um homem que se acredita ser mencionado em uma antiga saga escandinava sobre eventos ocorridos no final do século XII.
O mais surpreendente é que seu cadáver provavelmente foi usado como arma biológica, de acordo com as conclusões de um estudo publicado na revista científica iScience.

Saga é um termo de origem escandinava aplicado a narrativas literárias na Islândia entre os séculos XIII e XIV, escritas na língua nórdica antiga, que contam a história e a vida dos povos escandinavos no período de 930 a 1030, principalmente.

Uma delas, a "Saga de Sverre", escrita na virada dos séculos XII e XIII, conta a história de um rei norueguês, Sverre Sigurdsson.
Depois que os inimigos do rei atacaram seu castelo de Sverresborg, jogaram o cadáver de um homem desconhecido no poço de água potável do castelo e o cobriram com pedras.
© Foto / Diretoria Norueguesa de Patrimônio CulturalRestos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês.
Restos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês. - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2024
Restos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês.
Em 1938, durante uma escavação arqueológica das ruínas de Sverresborg, foram encontrados restos de um homem sob uma camada de terra e pedras.
Só em 2016, os cientistas puderam extraí-los e analisá-los.

"Esta é a primeira vez que os restos mortais de uma pessoa ou personagem descrito em uma saga nórdica foram identificados positivamente. É também o caso mais antigo em que recuperamos a sequência completa do genoma de uma pessoa específica mencionada em um texto medieval", disse Michael D. Martin, um genomicista evolucionário do museu da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, citado pelo jornal The New York Times.

Conforme demonstrou o estudo, o homem morto viveu há cerca de 800 anos, exatamente quando os eventos da "Saga de Sverre" estavam se desenrolando.
© Foto / Diretoria Norueguesa de Patrimônio CulturalRestos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês.
Restos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês. - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2024
Restos de esqueleto retirados de poço em um castelo norueguês.
Era provável que tivesse olhos azuis e cabelos loiros ou castanhos, e seus ancestrais provavelmente viviam na região mais ao sul da Noruega, de onde vinham as pessoas que atacaram Sverresborg.
De acordo com os autores do estudo, o objetivo de jogar o cadáver no poço era, presumivelmente, contaminar a fonte de água potável do castelo.
Portanto, isso pode ser considerado uma tentativa de usar o que hoje em dia é chamado de arma biológica.
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