'É hora dos EUA agirem com humanidade e trazerem Israel de volta à razão', analisa mídia
13:59 27.10.2024 (atualizado: 15:41 27.10.2024)
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Pela enésima vez, aqueles que contavam com os Estados Unidos para desempenhar um papel competente de mediador da paz no Oriente Médio ficaram decepcionados, escreve um artigo editorial do China Daily neste domingo (27).
Segundo a mídia, a viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à região na semana passada não apenas falhou em acalmar a situação lá, mas também levou as Forças de Defesa de Israel (FDI) a lançarem ataques aéreos "precisos e direcionados" contra alvos em vários lugares no Irã no sábado (26), um dia após seu retorno a Washington.
A visita de uma semana de Blinken a Israel, Catar e Arábia Saudita, sua 11ª visita ao Oriente Médio em um ano, ostensivamente para mediar a paz entre os lados em guerra, terminou no que em todos os sentidos do termo é um fracasso, diz o portal.
Com Israel assassinando os principais líderes do Hamas e do Hezbollah nos últimos meses, a comunidade internacional pensou que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pararia com sua imprudência militar. Mas o que aconteceu neste sábado (26) mostra o quão equivocada era essa percepção.
"Um conflito israelense-iraniano daria outro golpe devastador ao mundo, que ainda está lidando com o desastre humanitário que o ataque brutal de Israel à Faixa de Gaza causou. Já passou da hora de os EUA dizerem a Israel para não prolongar ou espalhar o conflito, que já custou quase 50.000 vidas, incluindo vidas palestinas, israelenses e libanesas", escreve a mídia.
A solução apresentada pelo portal é "os EUA agirem responsavelmente e pararem de lubrificar a máquina de guerra de Israel".
"Este não é o momento para gestos simbólicos e diplomacia falsa. É um momento para fazer esforços sinceros para parar a aventura militar de Israel e acabar com o sofrimento do povo palestino, e evitar o círculo vicioso de retaliações. É um momento para os EUA agirem humanamente e restaurarem a paz trazendo Israel de volta à razão", afirma o China Daily.