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Irã está disposto a negociar programa nuclear, mas sem pressão, declara MRE do país

© AP Photo / Organização de Energia Atômica do Irã / HandoutReator nuclear de água de Arak, ao sul da capital iraniana, Teerã, durante visita do então chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, em 23 de dezembro de 2019
Reator nuclear de água de Arak, ao sul da capital iraniana, Teerã, durante visita do então chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, em 23 de dezembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 14.11.2024
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que o país está disposto a negociar seu programa nuclear com base nos interesses nacionais, mas sem nenhuma pressão, após conversas com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
Em uma mensagem em sua conta no X (antigo Twitter), Araghchi classificou as negociações com Grossi, que chegou a Teerã na véspera, como "importantes e francas", acrescentando que, como parte comprometida com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), seu país continua cooperando plenamente com a AIEA.

"Os desacordos podem ser resolvidos por meio da cooperação e do diálogo. Concordamos em continuar […] negociando com base em nossos interesses nacionais e direitos inalienáveis, mas não estamos dispostos a dialogar sob pressão ou intimidação", enfatizou Araghchi.

O diretor-geral da AIEA acrescentou que percebia o desejo do Irã de chegar a um acordo com o Ocidente sobre seu programa nuclear.
"Isso exige que a AIEA se envolva mais ativamente com o Irã para reafirmar as boas intenções de todas as partes", sublinhou.
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Nas palavras de Grossi, "depois de tomar algumas medidas práticas e rápidas, ficará claro para o novo governo dos EUA [de Donald Trump] que é possível encontrar uma solução para o programa nuclear do Irã".

Ele afirmou que as instalações nucleares iranianas "não devem ser atacadas", em coletiva de imprensa com o chefe da agência nuclear do Irã, Mohammad Eslami, depois que o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou, na segunda-feira (11), que o Irã estava "mais exposto do que nunca a ataques às suas instalações nucleares".
Em julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais — Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Alemanha — assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano com o objetivo de excluir sua possível dimensão militar, em troca do levantamento das sanções internacionais.
Em maio de 2018, Washington rompeu o acordo e passou a impor sanções unilaterais ao Irã, alegando que o país estava desenvolvendo armas nucleares, algo que nunca foi confirmado. Um ano depois, Teerã respondeu diminuindo gradualmente seus compromissos no âmbito do JCPOA.
Em abril de 2021, as partes do acordo, junto com os EUA, iniciaram negociações em Viena para restabelecer o pacto nuclear, mas em março de 2022 as tratativas estagnaram e, desde então, não foram retomadas.
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