EUA rejeitam mandado de prisão do TPI contra primeiro-ministro de Israel por crimes de guerra
20:35 21.11.2024 (atualizado: 21:14 21.11.2024)
© AP Photo / Victor R. CaivanoAmbulâncias passam por rua da Faixa de Gaza próximo a tanques do Exército israelense, durante uma operação terrestre das forças militares
© AP Photo / Victor R. Caivano
Nos siga no
Os Estados Unidos rejeitaram a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, nesta quinta-feira (21).
"Rejeitamos, de forma categórica, a decisão do tribunal de emitir mandados de prisão para altos funcionários israelenses. Estamos profundamente preocupados com a pressa dos procuradores em buscar esses mandados e com os erros processuais problemáticos que levaram a essa decisão", explicou a porta-voz durante uma coletiva de imprensa.
Os EUA também rejeitam a alegação de que o TPI tenha jurisdição sobre a situação, acrescentou. Mais cedo, o órgão internacional acusou Netanyahu e Gallant de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos entre outubro de 2023 e maio de 2024, quando o procurador-chefe do tribunal, Karim Khan, solicitou a emissão dos mandados de prisão.
Por sua vez, o gabinete de Netanyahu acusou o TPI de isolar Israel e "facilitar ataques terroristas". O presidente israelense, Isaac Herzog, chamou de "inconsciente e ultrajante" a decisão do TPI.
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza começaram após o Hamas invadir partes do território na região sul de Israel, quando cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e mais de 200 feitas reféns.