Uma das mais poderosas ondas de choque causada pela colisão de galáxias chegou à Terra
11:53 23.11.2024 (atualizado: 15:30 23.11.2024)
© Foto / Francesco de Gasperin, SARAOUm zoom na maior das duas ondas de choque, onde a estrutura filamentosa complexa é evidente. A maioria das galáxias visíveis não faz parte do aglomerado, estando no fundo ou na frente dele. Pode-se ver o tamanho da Via Láctea se estivesse à mesma distância da onda de choque
© Foto / Francesco de Gasperin, SARAO
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Astrônomos britânicos registraram uma das mais poderosas ondas de choque sonoras que já chegaram à Terra vindas do espaço profundo na história da observação.
Isso foi causado pela colisão de uma das galáxias com suas quatro vizinhas, de acordo com um estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (Notícias Mensais da Sociedade Astronômica Real).
A colisão ocorreu em um grupo de galáxias chamado Quinteto de Stephan, localizado a 290 milhões de anos-luz da Terra.
De acordo com os astrônomos, uma das galáxias, a NGC 7318b, colidiu com as outras quatro a uma velocidade de 3,2 milhões de quilômetros por hora e criou uma frente de choque extremamente poderosa, semelhante ao "estrondo sônico de um caça a jato".
© Foto / NASA, ESA, CSA, e STScIO Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias na constelação de Pegasus
O Quinteto de Stephan é um grupo de cinco galáxias na constelação de Pegasus
© Foto / NASA, ESA, CSA, e STScI
"É basicamente um enorme campo intergaláctico de detritos. A nova intrusa NGC 7318b se chocou contra o campo de detritos e comprimiu o plasma e o gás nele contidos. Ao fazer isso, ela reenergizou o plasma, fazendo com que ele brilhasse intensamente em frequências de rádio, e provavelmente desencadeou a formação de estrelas no processo", explicou Marina Arnaudova, astrofísica da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, à revista LiveScience.
Ela chamou o evento de uma "rara chance" para a humanidade ver a complexa combinação de galáxias em colisão, o que, por sua vez, fornecerá informações valiosas para a compreensão da formação das galáxias que vemos hoje e que poderemos ver no futuro.