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Sahel africano: Chade rescinde o acordo de cooperação em defesa com a França

© AP Photo / MOUTAO presidente do Chade, Mahamat Idriss Deby Itno, participa de sua cerimônia de posse em N'djamena, Chade, quinta-feira, 23 de maio de 2024
O presidente do Chade, Mahamat Idriss Deby Itno, participa de sua cerimônia de posse em N'djamena, Chade, quinta-feira, 23 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.11.2024
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Em mais uma nação africana que suspende relações militares com a França, governo do Chade anunciou nesta quinta-feira (28) o fim do acordo de cooperação em setor de defesa com a França, informou a chancelaria. No fim do ano passado, Paris chegou a ter as Forças Armadas expulsas do Níger, movimento que foi seguido por vizinhos.

"O governo da República do Chade informa a comunidade nacional e internacional sobre a rescisão do acordo de cooperação em defesa assinado em 5 de setembro de 2019 com a República Francesa", destaca o comunicado do ministério, divulgado em suas redes sociais.

As autoridades agradeceram à França pela cooperação e se declararam dispostas a continuar um diálogo construtivo em busca de novas formas de parceria, acrescenta o texto.
Além disso, o comunicado sublinha que a decisão não coloca em dúvida as relações históricas e os laços de amizade entre os dois países, apesar da suspensão da parceria.
De acordo com a nota, o Chade permanece comprometido em manter acordos construtivos com a França em outras áreas de interesse comum, em benefício de ambos os povos.
O presidente do Chade, Mahamat Idriss Deby Itno, participa de sua cerimônia de posse em N'Djamena. Chade, 23 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 05.07.2024
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Países do Sahel e o terrorismo

Países que faz parte do Sahel, a região africana, que também compreende Camarões, Níger e Nigéria, enfrentam ataques do Boko Haram – o grupo é considerado terrorista, sendo proibido na Rússia e em muitos outros países. Os atentados do grupo contra civis, inclusive por meio do uso de crianças-bomba, continuam sendo uma grande preocupação para o Chade.
Para o Chade, juntar-se à Aliança dos Estados do Sahel (AES) "seria uma das melhores alternativas para lidar com a eterna preocupação com a segurança", disse Youssouf Adam Abdallah, especialista chadiano em segurança internacional, defesa e cooperação africana, em uma entrevista à Sputnik na última semana.
Ele observou que a força militar conjunta para combater grupos terroristas, criada pelo Níger, Mali e Burkina Faso em março, poderia ajudar ainda mais o Chade a resolver conflitos regionais.
Dado que o Chade já é membro de várias outras confederações de segurança com Mali, Níger e Burkina Faso, "é, portanto, do interesse do Chade e do povo chadiano que o Chade se junte à Força AES", afirmou o especialista.
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