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Astrônomos detectam em polos de Júpiter ovais escuros semelhantes a tornados (FOTOS)

© Foto / UC Berkeley/Troy Tsubota, Michael WongJúpiter em luz ultravioleta
Júpiter em luz ultravioleta - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2024
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Júpiter é conhecido por sua famosa Grande Mancha Vermelha. Além deste, o gigante gasoso tem outro mistério atmosférico – os ovais do tamanho da Terra nos polos norte e sul, que são visíveis apenas na luz ultravioleta (UV), aponta um estudo liderado por astrônomos da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Uma pesquisa publicada recentemente na revista Nature Astronomy, revela que estes ovais escuros, que aparecem esporadicamente nos polos são semelhantes a tornados.

Os ovais UV de Júpiter, quando são vistos, estão quase sempre situados logo abaixo das zonas aurorais brilhantes em cada polo. As manchas absorvem mais luz ultravioleta do que a área circundante, fazendo com que pareçam escuras nas imagens do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.

Ovais sugerem processos incomuns que ocorrem no campo magnético forte de Júpiter e que se propagam até os polos e para as profundezas da atmosfera, escreve Sci News.
Em uma nova análise das imagens do Hubble, o estudante de graduação da Universidade de Berkeley Troy Tsubota e seus colegas descobriram, entre 1994 e 2022, oito ovais UV no polo sul. Já no polo norte, em todos os 25 mapas globais do Hubble, eles encontraram apenas dois ovais.
Pesquisadores teorizaram que o oval escuro provavelmente é agitado de cima por um vórtice criado quando as linhas do campo magnético do planeta experimentam fricção em dois locais muito distantes: na ionosfera, onde anteriormente detectaram movimento giratório usando telescópios terrestres, e na parte fina do plasma ionizado quente em torno do planeta espalhado pela lua vulcânica Io.
O vórtice gira mais rápido na ionosfera, enfraquecendo progressivamente à medida que atinge cada camada mais profunda. Como um tornado que atinge o solo poeirento, a extensão mais profunda do vórtice agita a atmosfera nebulosa para criar as densas manchas observadas pelos astrônomos.
Com base nas observações, os pesquisadores suspeitam que os ovais se formam ao longo de cerca de um mês e se dissipam em algumas semanas.
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