Mídia: aumento da tensão geopolítica atiça preços do petróleo e pode estender cortes da OPEP+
07:00 04.12.2024 (atualizado: 12:40 04.12.2024)
© AP Photo / Eric GayCaminhão passa por jazidas petrolíferas perto da Cidade de Karnes, Texas, EUA, 1º de novembro de 2023
© AP Photo / Eric Gay
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Nesta quarta-feira (4), o cessar-fogo instável entre Israel e o Hezbollah, a lei marcial na Coreia do Sul e a ofensiva rebelde na Síria deram suporte aos preços do petróleo, segundo analistas de mercado.
Na terça-feira (3), o Brent registrou seu maior ganho em duas semanas, subindo 2,5% enquanto na manhã desta quarta-feira (4) os futuros do petróleo Brent subiram 16 centavos, ou 0,2%, para US$ 73,78 (R$ 445,72) por barril.
Segundo a Reuters, a analista sênior de mercado da Phillip Nova, Priyanka Sachdeva, acredita que as tensões geopolíticas têm sido as principais responsáveis pelo tensionamento de preços e o corte na produção de petróleo, uma vez que tanto China quanto EUA — as maiores economias do mundo — têm apresentado uma demanda lenta pelo combustível.
Ainda de acordo com analistas consultados pela apuração da mídia, um declínio de 700.000 barris no petróleo bruto e um aumento de 639.000 barris na gasolina pode ser esperado para hoje, quando dados oficiais sobre os estoques de petróleo da Administração de Informações de Energia dos EUA devem ser divulgados.
Fontes do mercado afirmaram que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram 1,2 milhão de barris na semana passada, o que, para Sachdeva significa um 2025 com grande oferta e algum grau de incerteza sobre se os maiores importadores vão conseguir manter suas cotas de mercado.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e associados (OPEP+) deve estender os cortes de produção até o final do primeiro trimestre do ano que vem, quando os membros pretendem eliminar gradualmente os cortes de fornecimento, uma decisão que deve ser anunciada nesta quinta-feira (5), após a reunião de membros.