'Sem anistia': 41 cidades do Brasil são tomadas por manifestantes (FOTOS, VÍDEOS)
22:04 10.12.2024 (atualizado: 12:27 11.12.2024)
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme CorreiaCidades brasileiras são tomadas por manifestantes que pedem punição a golpistas
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Nos siga no
Ato nacional com o lema "Sem anistia, prisão para os golpistas" foi realizado nesta terça-feira (10), previsto em 41 cidades do Brasil.
A mobilização foi organizada pelas centrais sindicais e teve apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outras siglas.
Na avenida Paulista, em São Paulo, os manifestantes ocuparam uma das pistas e foram acompanhados por policiais militares.
Entre os temas estavam defesa da democracia e exigência de punições para os envolvidos nas recentes tentativas de golpe contra o Estado brasileiro.
Ao todo, 41 cidades brasileiras realizam manifestações, além de atos internacionais em Roma, na Itália, e na cidade de Lisboa, em Portugal.
🪧📣 Centenas de manifestantes interditam Avenida Paulista
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 10, 2024
Manifestação na noite desta terça-feira (10) reuniu centenas de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
O ato, que teve como principal pauta pedidos de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros… pic.twitter.com/4XLugPd7zM
Em Salvador (BA), o encontro foi no Campo Grande às 15h00; em Brasília (DF), na Praça Zumbi, às 11h30; e em Belo Horizonte (MG), na Praça Sete, às 18h00.
No Rio de Janeiro (RJ), o Largo da Carioca foi palco do protesto às 16h00. Em Porto Alegre (PA), a mobilização ocorreu no Largo dos Açorianos, depois das 18h00.
Em outros locais, como Fortaleza (CE), Vitória (ES), Curitiba (PR) e Recife (PE), também foram programados encontros em diferentes horários.
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
1/2
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
2/2
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
1/2
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
2/2
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia
Manifestantes cobram punição a envolvidos em atos golpistas
O ato acontece após denúncia da Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro e outros 36 acusados de participação em um suposto esquema golpista.
Entre os investigados estão militares e ex-ministros, apontados como envolvidos em planejamentos que incluíam ações violentas, como o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
As reivindicações também incluem a prisão dos envolvidos nas tentativas de golpe, o arquivamento do Projeto de Lei da Anistia, a defesa de direitos trabalhistas, a legalização do aborto e a taxação dos mais ricos.
Tentativa de golpe após eleições de 2022 no Brasil
Em novembro, cinco pessoas foram presas durante a ação que teve autorização emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF): quatro militares, três da ativa (o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira) e um na reserva (o general de brigada Mario Fernandes) das forças especiais do Exército, os chamados "kids pretos"; e um policial federal (Wladimir Matos Soares).
Um dos presos foi secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022. A PF revelou que, entre as ações elaboradas pelo grupo, havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022".
O núcleo militar do então governo Bolsonaro ainda teria sugerido criar um gabinete institucional de crise que seria liderado pelos generais Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, e Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice na chapa à reeleição. Já o arcabouço jurídico da situação ficaria a cargo do Superior Tribunal Militar (STM).