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Ninguém deixará Trump iniciar guerra contra Irã, acredita especialista

© AP Photo / Gerald HerbertDonald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), candidato republicano à presidência, durante debate presidencial com o presidente Joe Biden, em Atlanta, Geórgia, EUA, 27 de junho de 2024
Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), candidato republicano à presidência, durante debate presidencial com o presidente Joe Biden, em Atlanta, Geórgia, EUA, 27 de junho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.12.2024
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A suposta intenção do presidente eleito dos EUA Donald Trump de lançar ataques preventivos contra o Irã está longe da realidade, já que as ações de qualquer chefe de Estado americano são limitadas, disse à Sputnik o professor sênior da Escola de Estudos Orientais da Escola Superior de Economia russa Andrei Chuprygin.
Anteriormente, o jornal The Wall Street Journal, citando fontes, informou que Trump está considerando ataques aéreos preventivos contra o Irã para impedir que desenvolva armas nucleares.
Depois, em uma entrevista à revista Time, o presidente eleito dos EUA não descartou a possibilidade de guerra com o Irã, dizendo que "tudo é possível".
O cientista político Chuprygin acha que as chances de um conflito armado com o Irã são muito pequenas.

"Essa é a retórica de Trump, e não é a primeira vez que a utiliza. Em minha opinião, não irá nessa direção. Ninguém vai permitir que inicie uma guerra contra o Irã. Todos nós esquecemos que Trump, não importa o quão flagrante e não sistemático ele possa ser, ainda está dentro da estrutura muito rígida do establishment americano", disse o especialista.

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De acordo com ele, Trump não pode, em princípio, tomar tal decisão sozinho.

"E, basicamente, Trump não pode se levantar de manhã e dizer: 'Vou atacar o Irã esta noite com tudo o que tenho e ver o que acontece'. Ele não pode fazer isso. Portanto, não vai fazer isso. Todo o resto são discussões vazias", acrescentou Chuprygin.

Em 2015, o Reino Unido, a China, a França, a Alemanha, a Rússia, os EUA e o Irã fecharam um acordo nuclear que envolvia o levantamento das sanções em troca da restrição do programa nuclear iraniano.
Sob a presidência de Trump, os EUA se retiraram do acordo em maio de 2018 e restabeleceram as sanções contra Teerã.
Em resposta, o Irã anunciou uma redução gradual de suas obrigações nos termos do acordo, renunciando às restrições sobre pesquisa nuclear e níveis de enriquecimento de urânio, entre outras coisas.
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