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Blinken admite que EUA tentam mudar o poder no Irã há 20 anos

© AP Photo / Alex BrandonO secretário de Estado, Antony Blinken, faz uma pausa ao falar sobre o Afeganistão durante uma coletiva de imprensa no Departamento de Estado, em Washington, 25 de agosto de 2021
O secretário de Estado, Antony Blinken, faz uma pausa ao falar sobre o Afeganistão durante uma coletiva de imprensa no Departamento de Estado, em Washington, 25 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2024
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, admitiu que o país vêm fazendo experiências nos últimos 20 anos para promover uma mudança de poder no Irã, porém sem sucesso.

"Se você olhar para os últimos 20 anos, nossos experimentos em mudança de regime não foram particularmente bem-sucedidos", declarou nesta quarta-feira (18).

Blinken observou que Washington tentou "investir" no apoio à população iraniana, mas as autoridades norte-americanas tiveram dificuldade em fazê-lo fora do país.
O secretário lembrou ainda que hoje não existem relações diplomáticas bilaterais com Teerã.
Os EUA cortaram oficialmente as relações com o Irã em 1980, após a chamada crise dos reféns que começou em novembro de 1979, depois que a Revolução Islâmica liderada pelo falecido líder supremo do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini, derrubou o xá Mohamed Reza Pahlavi, apoiado pelo Ocidente.

Adesão de Kiev à OTAN será questão 'muito desafiadora' para negociações de paz

Ao comentar a questão ucraniana, Blinken afirmou que a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) será uma questão "muito desafiadora" para as negociações de paz com a Rússia.

"Acho que é muito desafiador para a Rússia fazer isso [entrar em um acordo com Kiev após a adesão]", disse Blinken.

A possível entrada de Kiev na aliança ocidental foi um dos principais motivos para o lançamento da operação especial russa, em 2022, uma vez que tal ação representaria uma ameaça grave e direta à segurança nacional. E a adoção de um status neutro e a promessa de a Ucrânia não se juntar à OTAN foram algumas das condições estipuladas pela Rússia para um eventual acordo de paz entre as partes.
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Promessas vazias

Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália e Polônia, bem como a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, disseram em 12 de dezembro, após uma reunião em Berlim, que continuam a apoiar as aspirações da Ucrânia em direção à OTAN e à União Europeia (UE).
No entanto, para alguns analistas, como Cui Hongjian, professor da Academia de Governança Regional e Global da Universidade de Estudos Internacionais de Pequim, as promessas da União UE e da OTAN de admitir a Ucrânia como membro parecem relativamente "vazias".
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