O que significaria para os EUA um possível perdão de Trump aos manifestantes do Capitólio?
13:02 29.12.2024 (atualizado: 15:55 29.12.2024)
© AP Photo / Manuel Balce CenetaApoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo Jake Angeli (C), um apoiador do QAnon conhecido por seu rosto pintado e chapéu com chifres, entram no Capitólio dos EUA, Washington, DC, 6 de janeiro de 2021
© AP Photo / Manuel Balce Ceneta
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A intenção do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de perdoar os manifestantes de 6 de Janeiro seria um alerta ao sistema judicial de que deve seguir a lei independentemente das opiniões políticas do povo, disse o oficial de inteligência aposentado da CIA, Larry Johnson.
"Se Trump cumprir a sua promessa [de perdoar os manifestantes de 6 de Janeiro], então estará restaurando o Estado de Direito em vez do Estado de poder arbitrário", declarou Larry Johnson.
Para o antigo agente dos serviços secretos norte-americanos, "a ação de Trump para corrigir os abusos em torno da prisão dos manifestantes de 6 de Janeiro será um alerta para o sistema judicial de que deve seguir a lei e ser cego ante as opiniões políticas do povo".
Johnson acredita que o incidente foi uma operação de inteligência encenada, realizada por agentes do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e agentes secretos com o apoio da Agência Central de Inteligência (CIA, em inglês) e do Pentágono, coordenada pelos democratas. O painel subsequente ao 6 de Janeiro, liderado pelo Partido Democrata, foi nada menos do que um "impeachment simulado", opinou.
Nas palavras do analista, tal perseguição constitui um "exagero do Departamento de Justiça" que visou intimidar a base eleitoral de Trump.
Em 6 de janeiro de 2021, uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o edifício do Capitólio dos EUA em Washington, em meio a preocupações de que as eleições presidenciais de 2020 tivessem sido fraudadas. Até a data, mais de 1.100 pessoas foram condenadas, tendo mais de 600 sido condenadas a penas de prisão.
Trump prometeu repetidamente perdoar a maioria dos participantes dos acontecimentos de 6 de Janeiro, sublinhando que começaria a abordar essa questão "na primeira hora de sua presidência".