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Netanyahu aprova envio de delegação para retomar negociações sobre Faixa de Gaza no Catar

© AP PhotoPalestinos se reúnem perto de um prédio destruído por ataques aéreos israelenses na cidade de Khan Yunis. Faixa de Gaza, Palestina, 25 de outubro de 2024
Palestinos se reúnem perto de um prédio destruído por ataques aéreos israelenses na cidade de Khan Yunis. Faixa de Gaza, Palestina, 25 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2025
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou nesta quinta-feira (2) o envio de uma nova delegação para retomar as negociações com os mediadores entre Israel e Hamas no Catar. Entre as discussões, estão a liberação dos reféns restantes e o cessar-fogo no enclave.

"Netanyahu autorizou uma delegação de trabalho composta por Mossad [agência de inteligência nacional], Shin Bet [serviço de segurança interna] e Forças de Defesa de Israel para continuar as negociações em Doha", afirmou um comunicado do gabinete do premiê.

Nos últimos dias, autoridades israelenses expressaram pessimismo com o impasse nas negociações, causado pela recusa do Hamas em divulgar uma lista com os nomes dos reféns vivos que poderiam ser libertados.
Segundo informou a emissora pública Kan, a delegação israelense partirá na próxima sexta-feira (3). O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas celebrou a decisão de Netanyahu, afirmando: "Não podemos desperdiçar esta oportunidade".

"Os 100 reféns mantidos nas profundezas dos túneis do Hamas não têm tempo para que as negociações se atrasem ainda mais. Exigimos que o primeiro-ministro dê à equipe negociadora um mandato para alcançar um acordo que permita o retorno de todos os reféns — os vivos, para sua reabilitação, e os assassinados, para um enterro digno", declarou.

Netanyahu tem sido acusado de não ter concedido poder suficiente aos negociadores em várias ocasiões para fechar um acordo. Horas antes, o Hamas também expressou otimismo quanto à possibilidade de chegar a um acordo desta vez.
Palestinos andam pela área da explosão no hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza, em 18 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.12.2024
Panorama internacional
Pelo menos 50 morrem em bombardeio israelense próximo a hospital na Faixa de Gaza
Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses resultou em cerca de 1,1 mil mortos, aproximadamente 5,5 mil feridos e 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma série de bombardeios sobre a Faixa de Gaza. O número total de palestinos mortos devido à ofensiva israelense, há mais de um ano, ultrapassa os 45,5 mil, com mais de 108.100 feridos. Segundo as autoridades de saúde de Gaza, mulheres e crianças são boa parte das vítimas. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam ter matado pelo menos 20 mil combatentes do Hamas.
Países como Rússia e Brasil pedem a Israel e ao Hamas que estabeleçam um cessar-fogo e defendem uma solução de dois Estados, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947, como a única via possível para alcançar uma paz duradoura na região.
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