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Especialista brasileira explica o que aconteceria se a Terra parasse de girar
Especialista brasileira explica o que aconteceria se a Terra parasse de girar
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Cientistas fizeram um exercício de imaginação sobre o cenário apocalíptico mais impossível de todos: o que aconteceria com o nosso planeta, as megalópoles e... 21.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-21T12:16-0300
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A resposta mais simples é muito objetiva, tudo que está em movimento junto com o planeta, ou seja, água, oceanos, atmosfera e seres vivos, continuariam se movendo, mas a cerca de 1.674 km/h (tendo como referencial a linha do Equador) graças à inércia. Tudo o que não estivesse preso no solo seria arremessado no ar. Basta imaginar um carro se movimentando a esta velocidade e pensar no que aconteceria se você estivesse sem cinto de segurança e ele freasse de repente. Muito provavelmente, grande parte do cenário que conhecemos seria desintegrada, especialmente na linha do Equador, onde a velocidade da rotação da Terra é mais rápida. A hipótese absolutamente irrealista descreve uma destruição massiva e inúmeros desastres ambientais. O clima, por exemplo, apresentaria mudanças impensáveis quando apenas um lado da Terra acabaria exposto ininterruptamente ao calor e radiação solares, enquanto a outra metade do planeta na escura e fria noite interminável, o que afetaria a vida de toda espécie de maneira muito drástica. Mas o cenário apocalíptico não pararia por aí. Com a movimentação de massa à velocidade mencionada, um ajuste bem abrupto na crosta terrestre provocaria enormes rachaduras e deslocamentos de terra criando um rastro de destruição sem precedentes. Com a movimentação, ventos poderosos, vulcões e tsunamis seriam uma constante até que a massa da Terra se acomodasse mais uma vez — já que a força centrífuga que mantém a massa da Terra levemente achatada nos polos e mais "inchada" no Equador teria sido liberada de uma só vez. O clima global sofreria profundas alterações, já que as correntes oceânicas mudariam intensamente e as temperaturas jamais seriam sentidas da forma como conhecemos hoje. Além disso, com a rotação parada, os dias e noites passariam a durar cerca de seis meses. Mas os seres humanos conseguiriam sobreviver a tal cenário? Com as capacidades de sobrevivência extremamente reduzidas, é provável que ursos polares e pinguins se saiam bem por certo período, assim como as criaturas abissais, uma vez que a velocidade de rotação é reduzida nos pólos de nosso planeta e os fundos dos oceanos sofreriam muito lentamente com efeitos de superfície dada a densidade e grande pressão exercida pela água.
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Especialista brasileira explica o que aconteceria se a Terra parasse de girar
12:16 21.01.2025 (atualizado: 13:12 21.01.2025) Cientistas fizeram um exercício de imaginação sobre o cenário apocalíptico mais impossível de todos: o que aconteceria com o nosso planeta, as megalópoles e toda a vida na Terra se, de repente, ela parasse de girar?
A resposta mais simples é muito objetiva, tudo que está em movimento
junto com o planeta, ou seja, água, oceanos, atmosfera e seres vivos,
continuariam se movendo, mas a cerca de 1.674 km/h (tendo como referencial a linha do Equador) graças à inércia.
Tudo o que não estivesse preso no solo seria arremessado no ar. Basta imaginar um carro se movimentando a esta velocidade e pensar no que aconteceria se você estivesse sem cinto de segurança e ele freasse de repente.
Muito provavelmente,
grande parte do
cenário que conhecemos seria desintegrada, especialmente na linha do Equador, onde a velocidade da rotação da Terra é mais rápida.
A hipótese absolutamente irrealista descreve uma
destruição massiva e inúmeros desastres ambientais. O clima, por exemplo, apresentaria mudanças impensáveis quando apenas um lado da Terra acabaria exposto ininterruptamente ao calor e radiação solares, enquanto a outra metade do planeta na escura e fria noite interminável, o que
afetaria a vida de toda espécie de maneira muito drástica.
"As mudanças seriam enormes e inóspitas para a vida, árvores e plantas e grande parte do solo seriam varridos pelos ventos violentos", explica a pesquisadora do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS, Thaísa Storchi Bergmann, membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), de acordo com o G1.
Mas o cenário apocalíptico não pararia por aí. Com a movimentação de massa à velocidade mencionada, um ajuste bem abrupto na crosta terrestre provocaria enormes rachaduras e deslocamentos de terra criando um rastro de destruição sem precedentes.
Com a movimentação, ventos poderosos,
vulcões e tsunamis seriam uma constante até que a massa da Terra se acomodasse mais uma vez — já que a força centrífuga que mantém a massa da Terra levemente achatada nos polos e mais "inchada" no Equador teria sido liberada de uma só vez.
O clima global sofreria profundas alterações, já que as correntes oceânicas mudariam intensamente e as temperaturas
jamais seriam sentidas da forma como conhecemos hoje. Além disso, com a rotação parada, os dias e noites passariam a durar cerca de seis meses.
Mas os seres humanos conseguiriam sobreviver a tal cenário? "Possivelmente só sobreviveriam os que estivessem em bunkers enterrados e de preferência encravados em rochas fundas", diz Bergmann.
Com as capacidades de sobrevivência extremamente reduzidas, é provável que ursos polares e pinguins se saiam bem por certo período, assim como as criaturas abissais, uma vez que a velocidade de rotação é
reduzida nos pólos de nosso planeta e os fundos dos oceanos sofreriam
muito lentamente com efeitos de superfície dada a densidade e grande pressão exercida pela água.
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