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Mulheres têm mais dificuldade para evoluir do que homens, diz biólogo evolucionário

© Sputnik / Sergei MamontovModelo anatômico de um ser humano com órgãos internos apresentado no VI Salão Internacional de Educação de Moscou.
Modelo anatômico de um ser humano com órgãos internos apresentado no VI Salão Internacional de Educação de Moscou. - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2025
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O processo de evolução é imparável, com nossa espécie tendo mudado nos últimos 100 anos. Porém, segundo um recente estudo, a evolução de homens e mulheres ocorre em ritmos diferentes.
Uma equipe de cientistas conduziu uma pesquisa, publicada na revista científica Biology Letters, estudando como a altura média das pessoas em diferentes países varia de acordo com os padrões de vida.

Diferença é o dobro

Os cientistas compararam dois conjuntos de dados – o comprimento do corpo e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em conta a expectativa de vida, a educação, a renda per capita e outros fatores e varia de zero a um.
O trabalho abrange o período de 1900 até os dias de hoje.
Descobriu-se que, a cada aumento de 0,2 ponto, as mulheres ficam, em média, 1,7 centímetro mais altas e 2,7 quilos mais pesadas.
Já os homens, a mesma medida, quatro centímetros e 6,5 quilos, respectivamente. Ou seja, aumentaram de tamanho duas vezes mais rápido.
© Foto / Freepik / Vladimir PoplavskisCorpos de uma mulher e de um homem.
Corpos de uma mulher e de um homem. - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2025
Corpos de uma mulher e de um homem.
Usando o Reino Unido como exemplo, a situação é a seguinte:
Durante a primeira metade do século, a altura média das mulheres aumentou 1,9% (de 159 para 162 centímetros) e a dos homens 4% (de 170 para 177 centímetros).

"Para colocar isso em perspectiva, cerca de uma em cada quatro mulheres nascidas em 1905 era mais alta do que a média dos homens nascidos em 1905, mas isso caiu para cerca de uma em cada oito mulheres nascidas em 1958", disse o professor Lewis Halsey, da Universidade de Roehampton, um dos autores do estudo.

Fator de mulher

O estudo confirmou a teoria de que a altura média é um bom indicador da saúde geral de uma população, em parte determinada pelo padrão de vida.
No entanto, Halsey acredita que a taxa de crescimento dos homens também se deve à seleção sexual: as mulheres preferem homens altos porque, inconscientemente, parecem não apenas mais fortes, mas também mais prósperos em geral.
© Getty Images / FG TradeUma mulher se estica na ponta dos pés a um homem.
Uma mulher se estica na ponta dos pés a um homem. - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2025
Uma mulher se estica na ponta dos pés a um homem.
Um estudo anterior mostrou que a altura é mais importante para as mulheres na escolha de um parceiro sexual do que para os homens.
A diferença de altura mais preferida do ponto de vista das garotas é de 21 centímetros (a favor do parceiro), enquanto para os homens jovens é de apenas oito centímetros (a favor deles).
Por sua vez, o biólogo evolucionário Michael Wilson, da Universidade de Minnesota, observou que a taxa de crescimento dos homens provavelmente se deve a melhorias significativas na nutrição.
As mulheres, por outro lado, de acordo com Wilson, são limitadas no desenvolvimento evolutivo "por causa das exigências da reprodução: a gravidez e a amamentação são energeticamente custosas".
Isso impede a conversão da nutrição aprimorada em crescimento.
Chimpanzé fêmea chamada Anfisa no parque natural Roev Ruchei, nos arredores da cidade russa de Krasnoyarsk - Sputnik Brasil, 1920, 06.01.2025
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Mais indicações de mudanças

Entre outras mudanças descobertas nos últimos anos estão:
Aumento do cérebro das pessoas que nasceram nos anos de 1970, em comparação com as dos anos de 1930;
Surgimento de vasos sanguíneos adicionais;
Desaparecimento gradual dos sisos entre os europeus;
Leves alterações no esqueleto;
Diminuição da temperatura do corpo em 0,4 Cº nos últimos 150 anos.
Todos esses processos evolutivos estão relacionados à adaptação a condições de vida novas e mais confortáveis: o ambiente se tornou mais favorável, os alimentos estão mais disponíveis e há menos doenças.
Entretanto, é claro que os processos biológicos não acompanharam o ritmo do desenvolvimento da civilização.
Os cientistas do futuro terão que descobrir como a revolução digital, em especial o uso em massa de dispositivos móveis, afetará nossos corpos.
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