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Combustíveis: aumento à vista por parte da Petrobras ou estatal segurará os preços?
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O conselho administrativo da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira (29). Para o encontro, a expectativa é discutir a possibilidade de reajustar o preço dos... 29.01.2025, Sputnik Brasil
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De acordo com a revista Veja, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, não participou da reunião, pois cumpria um compromisso em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda conforme a mídia, a política de preços da estatal esteve na ordem do dia do encontro, embora nenhuma modificação tenha sido feita.O reajuste por parte da Petrobras, entretanto, parece que vai acontecer. Na última segunda-feira (29), Chambriard avisou ao governo que ocorrerá aumento no preço do diesel. A previsão é que o valor possa chegar a R$ 0,24 por litro.Diante das expectativas, Anselmo dos Santos, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que, diante do cenário, o aumento dos custos ficaram evidentes e, consequentemente, podem gerar impacto em outros setores.Além disso, outros produtos derivados do diesel também podem entrar na esteira do aumento, segundo o economista. É o caso de plásticos, asfalto e um conjunto de matérias-primas derivadas do combustível.A defasagem atual do preço da gasolina é de cerca de 7% em relação ao mercado internacional, enquanto a do diesel chega a 17%.Para Roberto Bocaccio Piscitelli, professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB), a taxa deveria ser "perfeitamente administrável".Segundo o economista, a retenção dos preços por mais algum tempo não seria um desastre e também não afetaria os investimentos e as expectativas da empresa.Por outro lado, a pressão no governo, que já tem que lidar com a pressão inflacionária, aumenta. Bocaccio avalia que o aspecto político "permeia toda a discussão a respeito da inflação e da taxa de juros", o que, evidentemente, "provoca uma pressão muito grande em cima do governo", especialmente devido "ao peso que principalmente a alimentação apresenta, sobretudo para as pessoas, para as famílias de mais baixa renda, a pressão que isso ocasiona e o que isso apresenta em termos de queda de popularidade para o governo".'Petrobras perdeu capacidade de administração de preços por parte do governo federal'A perda se deve, segundo Bocaccio, ao "abandono nos últimos governos de uma política de fortalecimento da Petrobras e da cadeia de produção do petróleo e seus derivados".Em 2021, a estatal fechou a venda da BR Distribuidora. Da mesma forma "foram desativados outros setores, como o de fertilizantes", relembra o economista.Na opinião dele, o país avançava em autossuficiência, mas abriu mão disso. Entretanto, hoje, conforme o entendimento dele, há a tentativa de desenvolver uma política um pouco diferente, reequipando, modernizando, ampliando as refinarias e a própria capacidade do Brasil de produzir esses derivados.ICMS vai deixar combustíveis mais caros a partir de fevereiroApesar dos combustíveis não sofrerem alta no ano passado — sobretudo pelo fato de a Petrobras abandonar o Preço de Paridade de Importação (PPI) e adotar uma fórmula que coloca os valores dentro do contexto brasileiro —, a previsão de aumento já para fevereiro está precificada.O reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, previsto é de 5,3% para o diesel e de 7,1% para a gasolina, o que representa um aumento de R$ 0,06 para o diesel por litro e R$ 0,10 para a gasolina. Ele deve começar a valer já a partir do próximo sábado (1º).
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Combustíveis: aumento à vista por parte da Petrobras ou estatal segurará os preços?
19:35 29.01.2025 (atualizado: 21:31 29.01.2025) Especiais
O conselho administrativo da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira (29). Para o encontro, a expectativa é discutir a possibilidade de reajustar o preço dos combustíveis, que estão defasados em relação aos praticados no mercado internacional.
De
acordo com a revista Veja, a presidente da Petrobras,
Magda Chambriard, não participou da reunião, pois cumpria um compromisso em Brasília com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda conforme a mídia, a política de preços da estatal esteve na ordem do dia do encontro, embora nenhuma modificação tenha sido feita.
O reajuste por
parte da Petrobras, entretanto, parece que vai acontecer. Na última segunda-feira (29), Chambriard avisou ao governo que ocorrerá aumento no preço do diesel.
A previsão é que o valor possa chegar a R$ 0,24 por litro.
Diante das expectativas, Anselmo dos Santos, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que, diante do cenário, o aumento dos custos ficaram evidentes e, consequentemente, podem gerar impacto em outros setores.
"Temos uma economia ainda aquecida e necessitando de bastante transporte. Então, obviamente que, se for necessário, o que ocorrerá é um reajuste do preço dos fretes, de acordo com quanto o impacto do aumento do diesel vai ter sobre os custos do transporte."
Além disso, outros produtos derivados do diesel também podem entrar na esteira do aumento, segundo o economista. É o caso de plásticos, asfalto e um conjunto de matérias-primas derivadas do combustível.
A defasagem
atual do preço da gasolina é de
cerca de 7% em relação ao mercado internacional, enquanto a do diesel chega a 17%.
25 de dezembro 2024, 01:31
Para Roberto Bocaccio Piscitelli, professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB), a taxa deveria ser "perfeitamente administrável".
"A Petrobras continua obtendo bons resultados. Os acionistas não podem se queixar dos dividendos e juros sobre o capital próprio que têm recebido, em função da generosa política de distribuição de dividendos", afirma.
Segundo o economista, a retenção dos preços por mais algum tempo não seria um desastre e também não afetaria os investimentos e as expectativas da empresa.
Por outro lado, a pressão no governo, que já tem que lidar com a pressão inflacionária, aumenta.
Bocaccio avalia que o aspecto político "permeia toda a discussão a respeito da inflação e da taxa de juros", o que, evidentemente, "provoca uma pressão muito grande em cima do governo", especialmente devido "ao peso que principalmente a alimentação apresenta, sobretudo para as pessoas, para as famílias de mais baixa renda, a pressão que isso ocasiona e o que isso apresenta em termos de queda de popularidade para o governo".
'Petrobras perdeu capacidade de administração de preços por parte do governo federal'
A perda se deve, segundo Bocaccio, ao "abandono nos últimos governos de uma política de fortalecimento da Petrobras e da cadeia de
produção do petróleo e seus derivados".
Em 2021, a estatal fechou a venda da BR Distribuidora. Da mesma forma "foram desativados outros setores, como o de fertilizantes", relembra o economista.
Na opinião dele, o país avançava em autossuficiência, mas abriu mão disso. Entretanto, hoje, conforme o entendimento dele, há a tentativa de desenvolver uma política um pouco diferente, reequipando, modernizando,
ampliando as refinarias e a própria capacidade do Brasil de produzir esses derivados.
"É uma política que precisa ser empreendida, precisa ser fortalecida, porque é o caminho que nós temos para ter maior autonomia, principalmente na produção de derivados de petróleo, daqueles que são considerados mais nobres, mais raros e mais caros", defende.
ICMS vai deixar combustíveis mais caros a partir de fevereiro
Apesar dos combustíveis não sofrerem alta no ano passado — sobretudo pelo fato de a Petrobras abandonar o
Preço de Paridade de Importação (PPI) e adotar uma fórmula que coloca os valores dentro do contexto brasileiro —, a
previsão de aumento já para fevereiro está precificada.
"Os estados já vêm elevando alíquotas de vários produtos. Esse caso não é especificamente em decorrência da reforma tributária, mas é algo que já estava previsto em função de alterações anteriores ou de reduções anteriores do ICMS", diz Bocaccio.
O reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, previsto é de 5,3% para o diesel e de 7,1% para a gasolina, o que representa um aumento de R$ 0,06 para o diesel por litro e R$ 0,10 para a gasolina. Ele deve começar a valer já a partir do próximo sábado (1º).
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