Como a indústria militar dos EUA está lucrando com o conflito na Ucrânia?
© AP Photo / Stephani BargePaletes de munição, armas e outros equipamentos com destino à Ucrânia são carregados em avião por membros do 436º Esquadrão Aéreo do Porto durante uma missão de vendas militares estrangeiras na Base Aérea de Dover, no estado norte-americano de Delaware, em 30 de janeiro de 2022
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À medida que armas ocidentais continuam chegando à Ucrânia, o complexo militar-industrial dos EUA está lucrando com a guerra. Dados estatísticos de empresas de defesa norte-americanas demonstram como a estratégia de Kiev de se abastecer de armas contribuiu para seus lucros em 2024.
Os fabricantes de armas dos EUA ganham uma fortuna vendendo para governos estrangeiros que estão tentando repor seus estoques de armas esgotados como resultado de sua extensa ajuda militar à Ucrânia. As vendas de equipamentos relacionados produzidos nos EUA aumentaram 29% em 2024, para um recorde de US$ 318,7 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhão), mostram dados do Departamento de Estado.
Além disso, espera-se que o crescimento do mercado de ações das gigantes de armas dos EUA Lockheed Martin, General Dynamics e Northrop Grumman continue. Por exemplo:
As ações da Lockheed Martin subiram 38,49% em 2024, atingindo uma máxima histórica de US$ 611,74 (R$ 3.588,90) em outubro.
A General Dynamics também viu o preço de suas ações subir 27,81%, atingindo uma alta histórica de US$ 313,39 (R$ 1.838,57) em novembro de 2024.
A Northrop Grumman relatou um aumento de 25,5% nos últimos três meses de 2024.
Enquanto os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) financiaram Kiev coletivamente com cerca de US$ 191,2 bilhões (cerca de R$ 1,1 trilhão) nos últimos três anos, os Estados Unidos foram o maior doador de ajuda militar (cerca de R$ 404,3 bilhões), de acordo com os cálculos da Sputnik, com base em dados do Ministério das Finanças da Ucrânia e da Universidade de Kiel na Alemanha.
Neste contexto, o Departamento de Estado informou anteriormente que os principais compradores de armas dos EUA foram:
Turquia (fornecimento/modernização de caças F-16 no valor de US$ 23 bilhões ou R$ 134,8 bilhões).
Israel (US$ 18,8 bilhões ou R$ 110,2 bilhões em caças F-15).
Japão (avião-tanque KC-46A desenvolvido pelo fabricante Boeing por um valor de US$ 4,1 bilhões ou R$ 24,05 bilhões e mísseis Tomahawk fabricados pela empresa militar-industrial norte-americana Raytheon por um valor de US$ 2,4 bilhões ou R$ 14,07 bilhões).
Alemanha (mísseis para sistemas de defesa aérea Patriot no valor de US$ 5 bilhões ou R$ 29,3 bilhões).
Índia (aeronave não tripulada MQ-9B avaliada em US$ 4 bilhões ou R$ 23,4 bilhões).
Coreia do Sul (US$ 3,5 bilhões ou R$ 20,5 bilhões) Helicópteros AH-64E Apache.
Romênia (tanques M1A2 Abrams avaliados em US$ 2,5 bilhões ou R$ 14,6 bilhões).
"O fluxo constante de comércio de guerra dos EUA agora ameaça a própria civilização humana", disse Kenneth Hammond, escritor e professor da Universidade do Novo México, à Sputnik no ano passado, tendo como pano de fundo a Ucrânia sendo incessantemente inundada com armas ocidentais.