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'Preocupação crescente': qual a real capacidade de defesa do Brasil frente a ataques de drones?
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À Sputnik Brasil, analistas apontam que as Forças Armadas se empenham em criar o primeiro drone com poder ofensivo em um momento em que o uso desse tipo de... 29.01.2025, Sputnik Brasil
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A ampliação do uso de drones em conflitos ao redor do mundo traz a necessidade de impulsionar a capacidade de proteção contra esse tipo de ameaça.Especialistas apontam que enquanto o Exército Brasileiro possui capacidade para neutralizar drones de baixa tecnologia, utilizando sistemas como o RBS 70 NG e o Gepard, a ausência de defesas antiaéreas de longo e médio alcance revela vulnerabilidades frente a drones mais sofisticados, como os drones kamikazes israelenses adquiridos pela Argentina.Em entrevista à Sputnik Brasil, analistas apontam qual a real capacidade de defesa do Brasil frente a um ataque de drones.Carlos Eduardo Valle Rosa, coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e professor doutor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aeroespaciais da Universidade da Força Aérea (PPGCA/Unifa), afirma que há três tipos de drones: classe I, II e III.O drone de Classe I opera em altitude limitada a mil pés acima do nível do solo (AGL). Segundo Rosa, é o modelo usado em conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, e o Brasil tem capacidade de se contrapor a essa ameaça.Os drones de Classe II operam até 18 mil pés AGL e, quando armados, podem oferecer ameaça a concentrações de tropa ou instalações de maior porte, como uma base aérea. Segundo Rosa, contra esse modelo, o Brasil não possui capacidade de defesa."Não consta no inventário brasileiro capacidade que possa lidar com tal ameaça — exceto pelo uso de metralhadoras de grande porte, armas automáticas ou algumas peças de defesa antiaérea, porém com probabilidades de sucesso limitadas pela falta de sistemas compatíveis de detecção, rastreamento e identificação do drone."Já os drones de Classe III operam até 65 mil pés AGL com alcance ilimitado. Geralmente, eles demandam enlaces de telecomunicações de micro-ondas ou satelitais para a sua contínua operação. O modelo mais popular desse drone é o MQ-9 Reaper (ou Predator B), que tem capacidade de emprego de bombas e mísseis. Porém, ele pode ser identificado por radares de tráfego aéreo, dependendo de vários fatores, como a seção longitudinal da fuselagem que reflete ou ecoa o sinal do radar de vigilância.Quais os drones mais usados pelas Forças Armadas?Rosa enfatiza que a FAB utiliza três modelos para reconhecimento e vigilância: o Hermes 450 e o Hermes 900, ambos fabricados pela israelense Elbit Systems, e o Heron I (RQ-1150), fabricado pelas Indústrias Aerospaciais de Israel (IAI, na sigla em inglês). Os três tipos são drones de reconhecimento e vigilância, não transportando armamento.Ele afirma que a Marinha do Brasil recentemente passou a utilizar drones aéreos para monitoramento marítimo, patrulha de áreas costeiras e apoio a operações navais.O Exército, por sua vez, usa drones para as tarefas de inteligência, vigilância e reconhecimento (IVR), aplicando-os em monitoramento de fronteiras, apoio a tropas terrestres e reconhecimento em operações táticas."Os drones utilizados pelo Exército são o Horus FT-100, FT-200 FH, Caçador, Carcará III. Recentemente foram realizados testes com o drone Nauru 1000C, fabricado pela empresa brasileira XMobots, que é um drone de médio porte, com autonomia de até dez horas e alcance de 100 quilômetros", afirma Rosa.Rosa frisa que empresas brasileiras, como a XMobots e a Stella, têm capacidade de produzir drones de Classe III para tarefas além daquelas que as Forças Armadas têm utilizado, mas ainda há dependência de importação de certos componentes para finalizar os produtos, como sensores embarcados, câmeras óticas, de infravermelho ou de visão noturna.As Forças Armadas têm demonstrado preocupação crescente com o uso de drones no espaço aéreo brasileiro, mas o Brasil ainda está em estágio inicial de preparação e compreensão de novas tecnologias para o melhor atendimento de suas funções.É o que afirma Carla Michel, advogada, doutoranda em ciências aeroespaciais pela Unifa, pesquisadora de direito regulatório, tecnologias disruptivas, poder aeroespacial, políticas públicas educacionais e membro da Comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos e Paraibuna.Michel aponta que o Exército vai incorporar uma tecnologia capaz de equipar os drones Nauru 1000C — adquiridos pelas Forças Armadas com a XMobots —, com mísseis e os primeiros testes previstos para este ano."Cabe destacar que este planejamento traça o percurso da possibilidade de termos o primeiro drone das Forças Armadas com poder ofensivo. O Exército planeja adquirir os sistemas equipados com mísseis até 2027, no atual ciclo de planejamento estratégico da força", afirma.Ela ressalta que as Forças Armadas têm se empenhado no fortalecimento diante das novas tecnologias, buscando compreender as diversas finalidades desse vetor em diferentes contextos e ações, promovendo capacitações e identificando necessidades para futuras aquisições.A especialista enfatiza que o Brasil tem se destacado na América Latina quanto ao desenvolvimento de estudos, ao aperfeiçoamento de sistemas e ao emprego de aeronaves não tripuladas no âmbito da defesa, mas ainda não possui drones de ataque, embora reconheça a necessidade de integrar essas aeronaves de forma mais abrangente, especialmente em missões típicas de defesa."É importante realizar um levantamento detalhado das reais necessidades, limitações operacionais, aquisições, testes e capacitação de pessoal para a operação de drones de alta capacidade. Além disso, é imprescindível a elaboração de uma legislação robusta que garanta a segurança jurídica para estes fins e a todos os envolvidos, sobretudo, tutele o bem jurídico mais importante: a integridade humana", afirma a especialista.João Gabriel Burmann, professor da UniRitter e pesquisador do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), afirma que o Brasil ainda não está preparado para reagir a uma ameaça de drones, sobretudo os modelos estadunidenses, chineses, russos, iranianos ou turcos.Ele afirma que, atualmente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República opera um sistema de interferência eletrônica para evitar sobrevoos de drones no entorno de áreas críticas do Distrito Federal onde estão concentradas autoridades, como o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada. Porém, esse mecanismo não conseguiria conter um ataque com um enxame de drones capaz de saturar o sistema.Ele afirma que o principal desafio do Brasil é alcançar a autonomia na produção de drones para além dos modelos de vigilância, passando a produzir também modelos de combate."É importante que a gente avance para poder se tornar um pouco mais autônomo. É difícil, de fato, nacionalizar tudo, mas para não depender tanto ou para ter uma qualidade melhor nessa dependência, através de joint ventures que envolvam transferência de tecnologia ou alguma coisa do tipo."Burmann afirma ainda ser importante descentralizar o sistema de produção e operação de drones, hoje concentrado apenas em algumas cidades, como Brasília, Rio de Janeiro, Santa Maria, Porto Alegre e Canoas.
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'Preocupação crescente': qual a real capacidade de defesa do Brasil frente a ataques de drones?
16:43 29.01.2025 (atualizado: 18:42 29.01.2025) Especiais
À Sputnik Brasil, analistas apontam que as Forças Armadas se empenham em criar o primeiro drone com poder ofensivo em um momento em que o uso desse tipo de armamento se expande no mundo.
A ampliação do uso de drones em conflitos ao redor do mundo traz a necessidade de impulsionar a capacidade de proteção contra esse tipo de ameaça.
Especialistas apontam que enquanto o
Exército Brasileiro possui capacidade para neutralizar drones de baixa tecnologia, utilizando sistemas como o RBS 70 NG e o Gepard,
a ausência de defesas antiaéreas de longo e médio alcance revela vulnerabilidades frente a drones mais sofisticados, como os drones kamikazes israelenses adquiridos pela Argentina.
Em entrevista à Sputnik Brasil, analistas apontam qual a real capacidade de defesa do Brasil frente a um ataque de drones.
Carlos Eduardo Valle Rosa, coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e professor doutor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aeroespaciais da Universidade da Força Aérea (PPGCA/Unifa), afirma que há três tipos de drones: classe I, II e III.
O drone de Classe I opera em altitude limitada a mil pés acima do nível do solo (AGL). Segundo Rosa, é o modelo usado em conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, e o Brasil tem capacidade de se contrapor a essa ameaça.
"Há várias formas de identificar ou se contrapor a essa ameaça, desde sistemas de bloqueio ou interferência eletrônica [alguns na forma de fuzis], sistemas de detecção eletromagnéticos, acústicos ou térmicos, energia dirigida [laser], sistemas de captura física [como redes], drones interceptadores ou, mesmo, armas comuns como uma escopeta", explica.
Os drones de Classe II operam até 18 mil pés AGL e, quando armados, podem oferecer ameaça a concentrações de tropa ou instalações de maior porte, como uma base aérea. Segundo Rosa, contra esse modelo, o Brasil não possui capacidade de defesa.
"Não consta no inventário brasileiro capacidade que possa lidar com tal ameaça — exceto pelo uso de metralhadoras de grande porte, armas automáticas ou algumas peças de defesa antiaérea, porém com probabilidades de sucesso limitadas pela falta de sistemas compatíveis de detecção, rastreamento e identificação do drone."
Já os drones de Classe III operam até 65 mil pés AGL com alcance ilimitado. Geralmente, eles demandam enlaces de telecomunicações de micro-ondas ou satelitais para a sua contínua operação. O modelo mais popular desse drone é o MQ-9 Reaper (ou Predator B), que tem capacidade de emprego de bombas e mísseis. Porém, ele pode ser identificado por radares de tráfego aéreo, dependendo de vários fatores, como a seção longitudinal da fuselagem que reflete ou ecoa o sinal do radar de vigilância.
"Nesse caso particular, o Brasil possui um sistema de vigilância de radar e prontidão de meios aéreos de interceptação que funciona 24 horas, denominado Sisdabra [Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro]."
Quais os drones mais usados pelas Forças Armadas?
Rosa enfatiza que a FAB utiliza três modelos para reconhecimento e vigilância: o Hermes 450 e o Hermes 900, ambos fabricados pela israelense Elbit Systems, e o Heron I (RQ-1150), fabricado pelas Indústrias Aerospaciais de Israel (IAI, na sigla em inglês). Os três tipos são drones de reconhecimento e vigilância, não transportando armamento.
Ele afirma que a Marinha do Brasil recentemente
passou a utilizar drones aéreos para monitoramento marítimo, patrulha de áreas costeiras e apoio a operações navais.
"Os drones da Marinha são o RQ1 Scan Eagle [recentemente lançado a partir do deck do NAM Atlântico], o RQ-2 e o Nauru 500C. Além disso, há drones em desenvolvimento, como o Atlante e o Albatroz — nesse último caso, pela empresa Stella", afirma.
O Exército, por sua vez, usa drones para as tarefas de inteligência, vigilância e reconhecimento (IVR), aplicando-os em monitoramento de fronteiras, apoio a tropas terrestres e reconhecimento em operações táticas.
"Os drones utilizados pelo Exército são o Horus FT-100, FT-200 FH, Caçador, Carcará III. Recentemente foram realizados testes com o drone Nauru 1000C, fabricado pela empresa brasileira XMobots, que é um drone de médio porte, com autonomia de até dez horas e alcance de 100 quilômetros", afirma Rosa.
Rosa frisa que
empresas brasileiras, como a XMobots e a Stella, têm capacidade de produzir drones de Classe III para tarefas além daquelas que as
Forças Armadas têm utilizado, mas ainda há dependência de importação de certos componentes para finalizar os produtos, como sensores embarcados, câmeras óticas, de infravermelho ou de visão noturna.
"Além disso, drones que voam além da linha de visada dependem de enlaces de telecomunicações satelitais que são providos por alocação de bandas de frequência específicas. Esse é um gargalo considerável, pois a operação de vários drones simultaneamente exigiria uma capacidade de banda satelital que ainda não dispomos."
As Forças Armadas têm demonstrado preocupação crescente com o uso de drones no espaço aéreo brasileiro, mas o Brasil ainda está em estágio inicial de preparação e compreensão de novas tecnologias para o melhor atendimento de suas funções.
É o que afirma Carla Michel, advogada, doutoranda em ciências aeroespaciais pela Unifa, pesquisadora de direito regulatório, tecnologias disruptivas, poder aeroespacial, políticas públicas educacionais e membro da Comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos e Paraibuna.
"O Brasil tem progredido na aplicação de novas tecnologias e na colaboração com empresas especializadas neste setor, embora ainda esteja em fase de preparação para lidar com uma ameaça de grande magnitude envolvendo drones. Além disso, existem iniciativas como o aprimoramento de sistemas de radar e outras tecnologias para detectar e neutralizar drones em áreas sensíveis, como em eventos públicos ou em regiões de fronteira, o que envolve um trabalho interagências, que está cada vez mais fortalecido."
12 de dezembro 2023, 19:53
Michel aponta que o Exército vai incorporar uma tecnologia capaz de equipar os drones Nauru 1000C — adquiridos pelas Forças Armadas com a XMobots —, com mísseis e os primeiros testes previstos para este ano.
"Cabe destacar que este planejamento traça o percurso da possibilidade de termos o primeiro drone das Forças Armadas com poder ofensivo. O Exército planeja adquirir os sistemas equipados com mísseis até 2027, no atual ciclo de planejamento estratégico da força", afirma.
Ela ressalta que as Forças Armadas têm se empenhado no fortalecimento diante das novas tecnologias, buscando compreender as diversas finalidades desse vetor em diferentes contextos e ações, promovendo capacitações e identificando necessidades para futuras aquisições.
"Além disso, há a crescente preocupação em estabelecer uma legislação e um conjunto de normas técnicas alinhadas à legislação internacional vigente, incluindo normas gerais, direitos humanos e Direito Internacional dos Conflitos Armados [DICA], visando proporcionar mais segurança operacional e jurídica a todos os envolvidos, com foco na preparação para missões reais de defesa."
A especialista enfatiza que o Brasil tem se destacado na América Latina quanto ao desenvolvimento de estudos, ao aperfeiçoamento de sistemas e ao emprego de aeronaves não tripuladas no âmbito da defesa, mas ainda não possui drones de ataque, embora reconheça a necessidade de integrar essas aeronaves de forma mais abrangente, especialmente em missões típicas de defesa.
"É importante realizar um levantamento detalhado das reais necessidades, limitações operacionais, aquisições, testes e capacitação de pessoal para a operação de drones de alta capacidade. Além disso, é imprescindível a elaboração de uma legislação robusta que garanta a segurança jurídica para estes fins e a todos os envolvidos, sobretudo, tutele o bem jurídico mais importante: a integridade humana", afirma a especialista.
11 de dezembro 2023, 16:43
João Gabriel Burmann, professor da UniRitter e pesquisador do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), afirma que o Brasil ainda não está preparado para reagir a uma ameaça de drones, sobretudo os modelos estadunidenses, chineses, russos, iranianos ou turcos.
"Nossa defesa antiaérea está bastante concentrada em alguns lugares e foi desenvolvida especialmente para lidar com ameaça de grandes aeronaves. Então, pensar em um ataque de enxame de drones ou, mesmo, um ou dois drones, […] provavelmente não teríamos como agir. Além disso, tem um grande problema que é a questão doutrinária e a própria questão organizacional disso dentro do Brasil. A gente tem uma grande disputa ainda com relação a quem cuida disso, se é a Força Aérea ou se é o Exército."
Ele afirma que, atualmente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República opera um sistema de interferência eletrônica para evitar sobrevoos de drones no entorno de áreas críticas do Distrito Federal onde estão concentradas autoridades, como o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada. Porém, esse mecanismo não conseguiria conter um ataque com um enxame de drones capaz de saturar o sistema.
"Isso provavelmente não custaria muito para uma força agressora fazer esse emprego [de enxame de drones], então acho que ainda é muito importante que seja estabelecida uma doutrina, documentos doutrinários que formulem bem como é que isso vai ser feito, especialmente essa defesa."
Ele afirma que o principal desafio do Brasil é alcançar a autonomia na produção de drones para além dos modelos de vigilância, passando a produzir também modelos de combate.
"É importante que a gente avance para poder se tornar um pouco mais autônomo. É difícil, de fato, nacionalizar tudo, mas para não depender tanto ou para ter uma qualidade melhor nessa dependência, através de joint ventures que envolvam transferência de tecnologia ou alguma coisa do tipo."
Burmann afirma ainda ser importante descentralizar o sistema de produção e operação de drones, hoje concentrado apenas em algumas cidades, como Brasília, Rio de Janeiro, Santa Maria, Porto Alegre e Canoas.
"É importante que tenha esse debate, mas que isso seja também resolvido, essas disputas entre as forças de forma mais célere, para que se possa avançar nas aquisições, nos financiamentos da indústria nacional."
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