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O que os astrofísicos sabem sobre o asteroide que pode atingir a Terra em 2032?

© Getty Images / dottedhippoImagem artística de um meteorito visto do espaço sideral em rota de colisão com a Terra
Imagem artística de um meteorito visto do espaço sideral em rota de colisão com a Terra - Sputnik Brasil, 1920, 03.02.2025
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A rocha espacial recém-descoberta 2024 YR4 representa uma ameaça de impacto significativo para a Terra, mas não há necessidade de pânico imediato, afirma o professor e astrofísico Jonti Horner.
No dia 27 de dezembro, astrônomos revelaram que o asteroide 2024 YR4 está em uma rota que pode levar a colisão com nosso planeta em 2032, e apesar de não haver motivos para pânico, quanto mais informações os pesquisadores obtêm com observações complementares, mais precisas são as informações para mitigar seus efeitos caso ele entre em nossa atmosfera.
A Terra está constantemente encontrando poeira e detritos do Sistema Solar, com a maioria sendo muito pequena para causar problemas. Impactos grandes, como o que exterminou os dinossauros há 66 milhões de anos, são raros, enquanto impactos menores são mais comuns, como o evento de Tunguska em 1908 e o impacto em Chelyabinsk em 2013.
De acordo com o astrofísico Jonti Horner, em um artigo publicado no The Conversation, o 2024 YR4 foi observado por pouco mais de um mês e passará perto da Terra em 22 de dezembro de 2032, com uma chance de 1 em 77 de colisão.
© Foto / Domínio Público/Leonid KulikÁrvores foram derrubadas e queimadas em centenas de quilômetros quadrados pelo impacto do meteoroide no evento de Tunguska. Esta imagem foi cortada da original, tirada em maio de 1929 durante a expedição de Leonid Kulik
Árvores foram derrubadas e queimadas em centenas de quilômetros quadrados pelo impacto do meteoroide no evento de Tunguska. Esta imagem foi cortada da original, tirada em maio de 1929 durante a expedição de Leonid Kulik - Sputnik Brasil, 1920, 03.02.2025
Árvores foram derrubadas e queimadas em centenas de quilômetros quadrados pelo impacto do meteoroide no evento de Tunguska. Esta imagem foi cortada da original, tirada em maio de 1929 durante a expedição de Leonid Kulik
Embora o tamanho exato do 2024 YR4 seja desconhecido, as estimativas sugerem que ele tenha entre 40 e 100 metros de diâmetro. Se for uma pilha de entulho rochoso, o impacto seria semelhante ao evento de Tunguska, detonando na atmosfera e causando uma onda de choque. Se for feito de metal, atravessaria a atmosfera intacto e criaria uma cratera de impacto significativa.
Apesar dos riscos, a humanidade agora tem a capacidade de detectar e desviar asteroides potencialmente perigosos, afirma o pesquisador. Nos últimos anos, 11 asteroides foram descobertos antes de atingirem a Terra, e a missão DART da NASA demonstrou sucesso em desviar asteroides. Pela primeira vez na história, podemos fazer algo sobre o risco representado pelas rochas espaciais.
© Foto / Domínio Público/Observatório da Terra da NASAUma cratera provocada pela queda de um meteoro no Arizona onde se podem ver camadas de calcário e arenito expostos logo abaixo da borda da cratera, assim como grandes blocos de pedra escavados pelo impacto
Uma cratera provocada pela queda de um meteoro no Arizona onde se podem ver camadas de calcário e arenito expostos logo abaixo da borda da cratera, assim como grandes blocos de pedra escavados pelo impacto - Sputnik Brasil, 1920, 03.02.2025
Uma cratera provocada pela queda de um meteoro no Arizona onde se podem ver camadas de calcário e arenito expostos logo abaixo da borda da cratera, assim como grandes blocos de pedra escavados pelo impacto
Portanto, embora a ameaça do 2024 YR4 seja real, a capacidade de monitorar e mitigar esses riscos é um avanço significativo, explica Horner.
A vigilância contínua e a cooperação internacional são essenciais para lidar com ameaças de asteroides. A comunidade científica está preparada para realizar observações detalhadas e desenvolver estratégias de mitigação eficazes.
Em suma, a descoberta do 2024 YR4 destaca a importância da pesquisa e da preparação para impactos de asteroides, mas também mostra o progresso significativo que a humanidade fez em proteger nosso planeta dessas ameaças celestiais.
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