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Guerra às drogas de Trump aumenta chance de ação militar na América Latina, diz analista
Guerra às drogas de Trump aumenta chance de ação militar na América Latina, diz analista
Sputnik Brasil
Fundador da empresa militar privada Blackwater quer carta branca para atuar contra cartéis na América Latina. Apesar da retórica antidrogas, PCC e Comando... 07.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-07T10:24-0300
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Apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, engrossam o coro em favor de maior intervenção na América Latina para conter a ação de grupos narcotraficantes. O senador trumpista Mike Lee propôs o uso de cartas de corso para que empresas privadas norte-americanas se engajem no combate ao narcotráfico em busca de lucro fiduciário.Cartas de corso consistem em autorizações dadas pelo governo para que entes privados engajem em pirataria contra alvos estrangeiros. Com essa autorização, empresas militares privadas poderiam confiscar bens de grupos narcotraficantes, não só com o intuito de combatê-los, mas também de lucrar."São comissões emitidas pelo governo que autorizam cidadãos particulares [corsários] a realizar atos que, de outra forma, seriam considerados pirataria, como atacar navios inimigos em tempos de guerra", explicou o senador norte-americano Lee em sua postagem.A emissão de cartas de corso, porém, foi considerada ilegal pela Convenção de Paris de 1856, por estimular a pirataria. No entanto, os EUA não são signatários da convenção e a emissão de cartas de corso está prevista na Constituição do país.Em recente entrevista ao portal Breitbart, o bilionário norte-americano e fundador da empresa militar privada Blackwater, Erik Prince, revelou ter sido o responsável por "colocar essa ideia na cabeça do senador".A declaração do empresário norte-americano associa a atuação de grupos narcotraficantes ao terrorismo, seguindo a lógica de recente decreto emitido pela Casa Branca, que prevê a classificação de cartéis de drogas como "organizações terroristas internacionais"."A decisão de Trump de associar narcotráfico e terrorismo é uma novidade, mas existem precedentes. No final da Guerra Fria, o 'narcoterrorismo' era utilizado para associar guerrilhas de esquerda na América Latina com o narcotráfico", disse o professor associado no Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense (UFF), Thiago Rodrigues, à Sputnik Brasil.Após os ataques do 11 de setembro e a forte associação do termo "terrorismo" à problemática do radicalismo islâmico, a referência ao narcotráfico ficou em segundo plano. Agora, sua retomada por Trump poderá recalibrar o intervencionismo norte-americano na América Latina.A designação de cartéis como terroristas permite tanto que os EUA atuem militarmente, quanto aumentem o controle sob essas organizações. Nesse sentido, Washington poderá proceder com confisco de bens, ordens de prisão extraterritoriais e monitoramento de comunicações."Além disso, caso os EUA acreditem que há conivência de um Estado latino-americano com um grupo determinado, poderão cortar ajuda financeira, militar ou empréstimos", disse Rodrigues. "A medida permite vários instrumentos de pressão econômica e política, antes de recorrer à via militar."Os meios indiretos de combate ao narcotráfico, no entanto, "não tiram do horizonte a possibilidade de ações militares", já que "a guerra contra o terror é um mecanismo para legitimar a ação das Forças Armadas dos EUA no exterior"."No caso da América Latina, os EUA têm recursos de sobra para proceder com intervenções militares", asseverou Rodrigues. "Os EUA possuem bases militares na região, em países como Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Peru. Possuem a 5ª Frota da Marinha, possuem capacidade para vedar o uso do espaço aéreo e marinho, inclusive no Atlântico Sul."Países-alvoO professor da UFF Rodrigues notou que os únicos grupos citados nominalmente pelo decreto de Trump são o salvadorenho Mara Salvatrucha (MS-13) e o venezuelano Tren de Aragua. Em contraste, nenhum grupo mexicano específico foi citado no decreto da Casa Branca.Formado nos EUA durante os anos 80, o MS-13 passou a operar em El Salvador após seus membros serem deportados sistematicamente pelos governos Reagan e Clinton, relatou Rodrigues. O presidente de El Salvador e aliado de Trump, Nayib Bukele, foca sua atuação política no desmantelamento do MS-13 através de políticas de encarceramento em massa.Já o Tren de Aragua é um grupo que nasceu no sistema prisional venezuelano e atualmente se expande para Colômbia, Panamá, Equador, Bolívia e EUA. Enquanto a atuação de Washington contra o Tren de Aragua poderá visar o enfraquecimento do governo de Caracas, a atuação contra o MS-13 terá como objetivo fortalecer o aliado salvadorenho Bukele.Segundo Rodrigues, a estratégia de Trump de usar o combate aos cartéis tanto para fortalecer amigos, quanto para enfraquecer inimigos é hábil politicamente e poderá dar a tônica da política norte-americana para a região durante o seu mandato.Para o professor no Departamento de Relações Internacionais da UNIFESP, Acácio Augusto, o foco de Trump na Venezuela poderá trazer prejuízos para o Brasil.Por outro lado, ambos os especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil não acreditam que a administração Trump focará esforços para reprimir a atividade dos grupos brasileiros Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)."Não acredito que a maior empresa desse tipo de negócio atuando no Brasil, que é o PCC, entre na agenda dos EUA", considerou Augusto. "O PCC possui um mercado interno relevante e mais interesse na Europa do que na América do Norte."O professor da UFF Rodrigues acredita que, enquanto as organizações brasileiras não representarem riscos diretos aos interesses dos EUA, não estarão entre as prioridades de Washington.Segundo ele, a Casa Branca não está preocupada com o "uso de drogas em si, já que os EUA são o maior consumidor de drogas, tanto legais quanto ilegais, e nada indica que deixarão de ser. Há, inclusive, todo um estímulo para o uso dessas substâncias"."No decreto de Trump, está escrito que o principal problema é que esses grupos exportam drogas perigosas. Na minha opinião, isso é pura retórica", disse Rodrigues. "O discurso é que esses grupos são uma ameaça ao povo americano e sua saúde. Mas não passa de um instrumento para criar um ambiente de legitimidade para poder atuar na América Latina."No tocante ao abuso de drogas pela população, a guerra às drogas movidas pelos EUA pode ser considerada um fracasso, disse o professor da UNIFESP Acácio Augusto.No entanto, o problema do abuso de drogas em si não foi resolvido. A nova ameaça à sociedade norte-americana é o abuso do analgésico opioide sintético Fentanyl, que deveria ser encarado como um problema grave de saúde pública, acredita Augusto.A guerra às drogas dos EUA, portanto, "é um grande sucesso como meio de se expandir a ação violenta dos EUA no mundo, mas um fracasso em resolver o flagelo da droga e do vício nas pessoas. O seu sucesso é militar. O seu fracasso é social", concluiu o especialista.
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Guerra às drogas de Trump aumenta chance de ação militar na América Latina, diz analista
10:24 07.02.2025 (atualizado: 11:34 07.02.2025) Especiais
Fundador da empresa militar privada Blackwater quer carta branca para atuar contra cartéis na América Latina. Apesar da retórica antidrogas, PCC e Comando Vermelho podem estar fora do radar de Washington, acreditam analistas ouvidos pela Sputnik Brasil.
Apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, engrossam o coro em favor de maior intervenção na América Latina para conter a ação de grupos narcotraficantes. O senador trumpista Mike Lee propôs o uso de cartas de corso para que empresas privadas norte-americanas se engajem no combate ao narcotráfico em busca de lucro fiduciário.
"O uso de cartas de corso pode ser uma resposta nova, mas eficaz, às ameaças peculiares colocadas pelos cartéis de drogas - especialmente em resposta às ameaças dos cartéis de atacar aviões americanos que retornam imigrantes ilegais a seus países de origem", escreveu o senador Lee em rede social.
Cartas de corso consistem em autorizações dadas pelo governo para que entes privados engajem em pirataria contra alvos estrangeiros. Com essa autorização, empresas militares privadas poderiam confiscar bens de grupos narcotraficantes, não só com o intuito de combatê-los, mas também de lucrar.
"São comissões emitidas pelo governo que autorizam cidadãos particulares [corsários] a realizar atos que, de outra forma, seriam considerados pirataria, como atacar navios inimigos em tempos de guerra", explicou o senador norte-americano Lee em sua postagem.
A emissão de cartas de corso, porém, foi considerada ilegal pela Convenção de Paris de 1856, por estimular a pirataria. No entanto, os EUA não são signatários da convenção e a emissão de cartas de corso está prevista na Constituição do país.
Em recente
entrevista ao portal Breitbart, o bilionário norte-americano e
fundador da empresa militar privada Blackwater, Erik Prince, revelou ter sido o responsável por "colocar essa ideia na cabeça do senador".
"Isso poderia ser feito em certas áreas do México, em certas áreas da América Latina, para absorver os despojos do comércio ilegal e, é claro, a capacidade dos cartéis de operar e aterrorizar as populações civis locais", disse Prince.
A declaração do empresário norte-americano associa a atuação de grupos narcotraficantes ao terrorismo, seguindo a lógica de recente decreto emitido pela Casa Branca, que prevê a
classificação de cartéis de drogas como "organizações terroristas internacionais".
"A decisão de Trump de associar narcotráfico e terrorismo é uma novidade, mas existem precedentes. No final da Guerra Fria, o 'narcoterrorismo' era utilizado para associar guerrilhas de esquerda na América Latina com o narcotráfico", disse o professor associado no Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense (UFF), Thiago Rodrigues, à Sputnik Brasil.
Após os ataques do 11 de setembro e a forte associação do termo "terrorismo" à problemática do radicalismo islâmico, a referência ao narcotráfico ficou em segundo plano. Agora, sua retomada por Trump poderá recalibrar o intervencionismo norte-americano na América Latina.
"O primeiro mês do governo Trump está sendo o momento de maior importância da América Latina para a geopolítica norte-americana desde o fim da Guerra Fria", disse Rodrigues. "Apesar de novidades, como a securitização da imigração, os interesses dos EUA na América Latina continuam os mesmos: controle geopolítico e econômico da região."
A designação de cartéis como terroristas permite tanto que os EUA atuem militarmente, quanto aumentem o controle sob essas organizações. Nesse sentido, Washington poderá proceder com confisco de bens, ordens de prisão extraterritoriais e monitoramento de comunicações.
"Além disso,
caso os EUA acreditem que há conivência de um Estado latino-americano com um grupo determinado, poderão cortar ajuda financeira, militar ou empréstimos", disse Rodrigues. "A medida permite vários instrumentos de pressão econômica e política, antes de recorrer à via militar."
Os meios indiretos de combate ao narcotráfico, no entanto, "não tiram do horizonte a possibilidade de ações militares", já que "a guerra contra o terror é um mecanismo para legitimar a ação das Forças Armadas dos EUA no exterior".
"No caso da América Latina, os EUA têm recursos de sobra para proceder com intervenções militares", asseverou Rodrigues. "Os EUA possuem bases militares na região, em países como Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Peru. Possuem a 5ª Frota da Marinha, possuem capacidade para vedar o uso do espaço aéreo e marinho, inclusive no Atlântico Sul."
O professor da UFF Rodrigues notou que os únicos grupos citados nominalmente pelo decreto de Trump são o salvadorenho Mara Salvatrucha (MS-13) e o venezuelano Tren de Aragua. Em contraste, nenhum grupo mexicano específico foi citado no decreto da Casa Branca.
Formado nos EUA durante os anos 80, o MS-13 passou a operar em El Salvador após seus membros serem deportados sistematicamente pelos governos Reagan e Clinton, relatou Rodrigues. O presidente de El Salvador e aliado de Trump, Nayib Bukele, foca sua atuação política no desmantelamento do MS-13 através de políticas de encarceramento em massa.
Já o Tren de Aragua é um grupo que nasceu no sistema prisional venezuelano e atualmente se expande para Colômbia, Panamá, Equador, Bolívia e EUA. Enquanto a atuação de Washington contra o Tren de Aragua poderá visar o enfraquecimento do governo de Caracas, a atuação contra o MS-13 terá como objetivo fortalecer o aliado salvadorenho Bukele.
"Ao classificar o MS-13 como terrorista, Trump tem como objetivo fortalecer Bukele, que virou um ídolo da ultradireita na América Latina. Bukele é o exemplo de líder latino-americano que Trump quer fomentar, mais do que Javier Milei", disse Rodrigues. "Mas classificar o Tren de Aragua como terrorista enfraquece o [presidente venezuelano Nicolás] Maduro, que em tese não estaria controlando a expansão do grupo."
Segundo Rodrigues, a estratégia de Trump de usar o combate aos cartéis tanto para fortalecer amigos, quanto para enfraquecer inimigos é hábil politicamente e poderá dar a tônica da política norte-americana para a região durante o seu mandato.
Para o professor no Departamento de Relações Internacionais da UNIFESP, Acácio Augusto, o foco de Trump na Venezuela poderá trazer prejuízos para o Brasil.
"A associação discursiva que Trump faz entre o governo venezuelano e os grupos narcotraficantes do país poderá ser uma via de entrada para intervenção militar [na Venezuela]", disse Augusto à Sputnik Brasil. "O Brasil pode ser indiretamente atingido por isso, não só pela sua vastíssima fronteira com a Venezuela, mas também pela pressão dos EUA para que o Brasil se posicione."
Por outro lado, ambos os especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil não acreditam que a administração Trump focará esforços para reprimir a atividade dos grupos brasileiros Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).
"Não acredito que a maior empresa desse tipo de negócio atuando no Brasil, que é o PCC, entre na agenda dos EUA", considerou Augusto.
"O PCC possui um mercado interno relevante e mais interesse na Europa do que na América do Norte."O professor da UFF Rodrigues acredita que, enquanto as organizações brasileiras não representarem riscos diretos aos interesses dos EUA, não estarão entre as prioridades de Washington.
"Um grupo como o PCC ou mesmo o Comando Vermelho só entraria na lista dos EUA caso ameaçasse os interesses norte-americanos de alguma forma. Para os EUA, não interessa o tamanho do grupo, sua real importância e impacto político-social. O que importa é se esse grupo está atrapalhando Washington de alguma forma ou não", disse Rodrigues. "E não acredito que os grupos brasileiros estejam em rota de colisão com Washington. Pelo menos por enquanto."
Segundo ele, a Casa Branca não está preocupada com o "uso de drogas em si, já que os EUA são o maior consumidor de drogas, tanto legais quanto ilegais, e nada indica que deixarão de ser. Há, inclusive, todo um estímulo para o uso dessas substâncias".
"No decreto de Trump, está escrito que o principal problema é que esses grupos exportam drogas perigosas. Na minha opinião, isso é pura retórica", disse Rodrigues. "O discurso é que esses grupos são uma ameaça ao povo americano e sua saúde. Mas não passa de um instrumento para criar um ambiente de legitimidade para poder atuar na América Latina."
No tocante ao abuso de drogas pela população, a guerra às drogas movidas pelos EUA pode ser considerada um fracasso, disse o professor da UNIFESP Acácio Augusto.
"Se os objetivos da guerra às drogas era a contenção do uso, a diminuição do mercado ilegal e a repressão de grupos ilegais, ela é um fracasso completo", disse Augusto. "Mas, se o objetivo era mobilizar novas intervenções armadas, fomentar o mercado de armas, responder ao lobby militar armamentista no Congresso dos EUA, aí podemos considerá-la um sucesso."
No entanto, o problema do abuso de drogas em si não foi resolvido. A nova ameaça à sociedade norte-americana é o
abuso do analgésico opioide sintético Fentanyl, que deveria ser encarado como um problema grave de saúde pública, acredita Augusto.
"O abuso de opioides deveria, no mínimo, fazer as autoridades norte-americanas questionarem por que uma parcela gigantesca da sua população quer simplesmente ser anestesiada", indagou Augusto. "É fácil dizer que os cartéis são terroristas, que eles preparam e distribuem esses opioides no mercado dos EUA, e que eliminar esses grupos resolveria o problema. Mas não acredito que seja por aí."
A guerra às drogas dos EUA, portanto, "é um grande sucesso como meio de se expandir a ação violenta dos EUA no mundo, mas um fracasso em resolver o flagelo da droga e do vício nas pessoas. O seu sucesso é militar. O seu fracasso é social", concluiu o especialista.
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