- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

Territórios ultramarinos da França precisam de independência, não de autonomia, defende político

© Sputnik / Sergei Pyatakov / Acessar o banco de imagensMorador da cidade de Caiena, capital da Guiana Francesa, em uma cabine telefônica
Morador da cidade de Caiena, capital da Guiana Francesa, em uma cabine telefônica - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2025
Nos siga no
Os defensores da independência dos territórios ultramarinos da França pretendem lutar pela soberania total, e uma autonomia ampliada é apenas uma fase transitória, declarou nesta quinta-feira (7) à Sputnik Jean-Jacob Biceps, líder partidário responsável pela criação da Frente Internacional de Descolonização.

"Não, [a autonomia] é apenas uma etapa intermediária, uma fase no processo de transição de colônia para Estado soberano. Quando se é um território autônomo, ainda permanece sendo uma colônia, não se é independente. Estamos lutando pela independência total, pela soberania plena", afirmou.

Biceps destacou que esses territórios não se contentam apenas com maior autonomia da França, como Paris propõe para a Córsega e a Nova Caledônia. O último foi palco de violentos protestos em maio do ano passado organizados por defensores da independência contra uma reforma constitucional planejada pela França para alterar as regras eleitorais. Os distúrbios deixaram 14 mortos e causaram prejuízos superiores a um bilhão de euros (R$ 5,9 bilhões).
Manifestante segura bandeira não oficial da Nova Caledônia durante protesto em Paris em solidariedade ao território, em 16 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2024
Panorama internacional
Hipocrisia à francesa: por que a França insiste em manter o controle sobre a Nova Caledônia?
A reforma, cujo processo foi suspenso, previa a concessão do direito de voto nas eleições locais para pessoas que vivem na Nova Caledônia há mais de 10 anos. Os atos foram liderados pelo povo indígena canaco, que teme se tornar minoria caso parte da população europeia que se mudou para o arquipélago nos últimos 20 anos ganhe direito ao voto. Atualmente, o direito de participar de eleições é restrito àqueles que já estavam registrados na época do Acordo de Numeá, em 1998, que concedeu maior autonomia ao território francês, e seus descendentes.
Em julho de 2023, o presidente francês Emmanuel Macron visitou a Nova Caledônia e defendeu um novo status para o arquipélago. Em setembro, o líder francês recebeu em Paris tanto defensores quanto opositores da independência: três referendos sobre a independência do território resultaram na vitória dos grupos leais à França, e o Palácio do Eliseu expressou a expectativa de um acordo entre as partes até o final de 2023.
No final de janeiro deste ano, foi criada a "Frente Internacional de Descolonização" na Nova Caledônia, movimento que reúne 12 organizações que defendem a independência dos territórios ultramarinos franceses, inclusive da Guiana Francesa.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала