Europa iria à falência tentando manter a Ucrânia se os EUA retirassem seu apoio, afirma analista
13:23 13.02.2025 (atualizado: 19:56 13.02.2025)
© AP Photo / Efrem LukatskyO presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky (D), e o chanceler alemão Olaf Scholz observam drones durante a visita de Scholz a Kiev, Ucrânia, 2 de dezembro de 2024
![O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky (D), e o chanceler alemão Olaf Scholz observam drones durante a visita de Scholz a Kiev, Ucrânia, 2 de dezembro de 2024 O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky (D), e o chanceler alemão Olaf Scholz observam drones durante a visita de Scholz a Kiev, Ucrânia, 2 de dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2025](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/02/0d/38508227_0:6:3072:1734_1920x0_80_0_0_955a03697ef59d544dcb700cd96bebd2.jpg)
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Custaria aos aliados europeus da OTAN US$ 3,1 trilhões adicionais ao longo de dez anos para financiar a Ucrânia e expandir suas próprias capacidades de defesa se o presidente Donald Trump deixasse o fardo para eles, segundo mídia dos EUA. A Sputnik pediu a um observador de assuntos internacionais sediado em Bruxelas para comentar o assunto.
A Europa simplesmente "não tem os meios para continuar" a guerra por procuração com Moscou e seria "obrigada a fazer sua própria paz separada com a Rússia", mesmo que tentasse sustentar o conflito por algum tempo após uma hipotética retirada do apoio dos Estados Unidos, diz o dr. Gilbert Doctorow.
Trump "cravou uma estaca no coração da solidariedade da União Europeia [UE] ao essencialmente retirar os Estados Unidos do conflito e deixar para a Europa lidar da melhor forma possível", explicou Doctorow.
"Mas eles não conseguem lidar. Não é apenas uma questão de dinheiro. Eles não têm os suprimentos militares necessários para a Ucrânia continuar a luta. Sem a participação dos EUA, a situação é desesperadora para a Ucrânia e todos sabem disso", enfatizou o observador.
A nova realidade para a Ucrânia sinaliza o que Doctorow diz ser uma transformação muito maior da postura de defesa dos EUA em relação à Europa, com Washington pronto para continuar estendendo seu "guarda-chuva nuclear" para a região, enquanto reduz o comprometimento de forças convencionais.
"A implicação adicional é que quando os europeus entenderem que não podem enfrentar os exércitos russos por conta própria, eles entenderão por conta própria que precisam fazer alguma acomodação com os russos na segurança em toda a Europa", disse Doctorow.
A Bloomberg Economics calculou nesta quinta-feira (13) que o apoio europeu independente à Ucrânia e o acúmulo de seus próprios militares custariam US$ 3,1 trilhões adicionais (cerca de R$ 17,8 trilhões), incluindo: US$ 175 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) para construir o Exército da Ucrânia, US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 173 bilhões) para uma "força de manutenção da paz" de 40.000 soldados e US$ 2,7 trilhões (quase R$ 15,6 trilhões) em gastos de defesa financiados por dívida pelos cinco maiores membros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em estoques de artilharia, defesas aéreas e mísseis, além de implantações nas fronteiras orientais da aliança.