Astrônomos desvendam mistério de galáxia 'eternamente jovem' a 5,8 bilhões de anos-luz (FOTOS)
06:53 15.02.2025 (atualizado: 08:01 15.02.2025)
© Foto / ESA/Hubble & NASA, R. MasseyAglomerado de galáxias Abell 3827
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© Foto / ESA/Hubble & NASA, R. Massey
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Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e outros centros de pesquisa fizeram uma descoberta importante, explicando a elevada taxa de formação estelar no centro do aglomerado de galáxias Phoenix.
O aglomerado Phoenix, localizado na constelação Phoenix, foi descoberto em 2010 usando o Telescópio do Polo Sul. Ele contém cerca de 1.000 galáxias, escreve Tech Explorist.
O aglomerado Phoenix, localizado a 5,8 bilhões de anos-luz da Terra, é o maior aglomerado de galáxias conhecido. Dado o seu tamanho e idade estimada, ele deveria ter parado há muito tempo o processo de formação de novas estrelas, típico das galáxias jovens.
No entanto, os astrônomos observaram anteriormente que o núcleo do aglomerado é excepcionalmente brilhante e a galáxia central produz estrelas a velocidades extremamente elevadas. Em galáxias mais jovens, as estrelas formam-se a partir de nuvens de gás interestelar muito frias e densas. Em relação ao aglomerado Phoenix, cientistas não tinham a certeza se a galáxia central poderia arrefecer gás suficiente para produzir estrelas ou se o gás vinha de galáxias mais jovens.
#NASAWebb’s first look at the prominent Phoenix galaxy cluster has proven the decades-old theory of how it forms stars at such a ferocious rate: https://t.co/lL1erzLoqU pic.twitter.com/AH5DxQdPia
— Space Telescope Science Institute (@SpaceTelescope) February 13, 2025
Primeira observação do [telescópio James] Webb da NASA do proeminente aglomerado de galáxias Phoenix provou a teoria de décadas de como ele forma estrelas em uma velocidade tão elevada.
Usando as capacidades do Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) para medir a radiação infravermelha, a equipe do MIT conseguiu pela primeira vez mapear áreas no núcleo do aglomerado onde existem bolsões de gás "morno". Anteriormente, os astrônomos observaram apenas gás muito quente e muito frio, mas nada de intermediário. A descoberta de gás morno confirma que o aglomerado Phoenix está arrefecendo ativamente e pode gerar uma enorme quantidade de combustível estelar por si só.
"Pela primeira vez, temos uma imagem completa da transição da fase quente para morna e fria no processo da formação estelar, que nunca foi vista antes em qualquer galáxia. Há um halo deste gás intermediário em toda a parte que podemos ver", disse Michael Reefe, estudante de pós-graduação em física no Instituto Kavli para Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT e autor principal do estudo.
O coautor da pesquisa, Michael McDonald, professor associado de física no MIT, diz que eles entendem o que está causando a formação estelar, mas não por que isso está acontecendo. O novo estudo forneceu uma nova maneira de observar e entender melhor esses sistemas.