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Macron vai aos EUA tentar convencer Trump a incluir a UE nas negociações de paz para a Ucrânia
Macron vai aos EUA tentar convencer Trump a incluir a UE nas negociações de paz para a Ucrânia
Sputnik Brasil
Presidente francês também levará a promessa de que a UE vai investir mais em sua própria defesa, uma das demandas de Donald Trump. 23.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-23T21:13-0300
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O presidente francês, Emmanuel Macron, visitará Washington na segunda-feira (24) para se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, em uma tentativa de persuadi-lo a incluir a União Europeia (UE) nas negociações de paz para a Ucrânia.No avião em que viaja para Washington, Macron disse a jornalistas que estava "comprometido" em assegurar que "a segurança dos europeus seja garantida" como resultado das próximas negociações sobre a Ucrânia, e pretende dizer isso ao presidente estadunidense.Ele disse que, na véspera da viagem, havia conversado novamente com o chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, destacando seu "compromisso com a paz na Ucrânia de forma justa, confiável e de longo prazo".Segundo a mídia francesa, Macron pretende discutir três questões principais com o presidente americano, com quem tem, nas palavras do Palácio do Eliseu, uma relação "especial".Macron tentará convencer Trump a incluir a UE nas negociações sobre a Ucrânia e levar em consideração seus interesses.Antes de sua visita a Washington, ele organizou duas cúpulas de emergência sobre a Ucrânia com líderes europeus, na tentativa de forjar uma posição comum da UE. Apenas sete países líderes da UE, representantes de Bruxelas e o Secretário-Geral da OTAN foram convidados para a primeira cúpula. Os demais foram convidados para a segunda, incluindo os países bálticos, que ficaram indignados por terem sido deixados de fora.Segundo relatos da mídia, as posições dos países da UE estão divididas sobre a questão do envio de um contingente de manutenção da paz para a Ucrânia. Alguns membros da UE, como França, Dinamarca e Reino Unido, disseram que estão prontos para participar do envio de tropas. Ao mesmo tempo, a ideia de enviar um contingente de manutenção da paz não encontrou apoio na Espanha, na Polônia e, especialmente, na Alemanha e na Itália.Após Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, chegará a Washington na quinta-feira (27) para se encontrar com Trump.Anteriormente, o Wall Street Journal, citando autoridades europeias, relatou que o primeiro-ministro britânico poderia apresentar a Trump um plano conjunto com a França para enviar "forças de paz" europeias à Ucrânia, se Moscou e Kiev chegarem a um acordo de paz. A publicação observou que o plano da Europa prevê que os EUA desempenhem o papel de "apoio", embora suas tropas não sejam enviadas à Ucrânia.Ao mesmo tempo, Macron também pretende prometer a Trump que a UE investirá mais em sua própria defesa. No entanto, o presidente francês defende o aumento da produção e compra de armas europeias e a redução das compras militares dos EUA, enquanto, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), 55% das armas compradas pela UE entre 2019 e 2023 foram fornecidas pelos EUA.O presidente francês também levantará a questão das taxas alfandegárias dos EUA sobre produtos provenientes da União Europeia. No sábado, Macron disse que "aliados não podem fazer uns aos outros sofrerem por causa de tarifas".No entanto, como Romuald Siora, especialista em relações internacionais do Instituto Francês de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS), disse à Sputnik, Trump não ouvirá o que Macron quer lhe dizer, já que sua visão da situação na Ucrânia e das relações com a Rússia é completamente diferente daquela do líder europeu.De acordo com uma pesquisa do site Figaro publicada na semana passada, mais de 83% dos franceses não acreditam que o presidente francês Emmanuel Macron conseguirá convencer o líder americano Donald Trump a incluir a União Europeia nas negociações sobre a Ucrânia. Em uma tentativa de mobilizar a opinião pública francesa para continuar o apoio militar à Ucrânia, Macron passou duas horas respondendo perguntas dos franceses nas redes sociais na quinta-feira. Ele também disse que pretendia alertar Trump contra "ceder à Rússia" e que a UE "deve intensificar seus esforços militares", observando que a França não pretendia enviar tropas para a Ucrânia imediatamente, mas não descartou o envio de tropas ocidentais após um acordo de paz como garantia de segurança.O gabinete de imprensa do Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo anunciou no ano passado que o Ocidente enviaria um chamado contingente de manutenção da paz, de cerca de 100 mil pessoas, ao país para restaurar a prontidão de combate da Ucrânia. O órgão acredita que isso constituirá uma ocupação de fato da Ucrânia. O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, declarou que o envio de forças de paz só é possível com o consentimento das partes em um conflito específico. Segundo ele, é prematuro falar sobre forças de paz na Ucrânia.
https://noticiabrasil.net.br/20250222/ue-tem-dilema-gastos-sociais-ou-de-defesa-se-eua-se-retirarem-da-europa-diz-midia-38625309.html
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Macron vai aos EUA tentar convencer Trump a incluir a UE nas negociações de paz para a Ucrânia
Presidente francês também levará a promessa de que a UE vai investir mais em sua própria defesa, uma das demandas de Donald Trump.
O presidente francês, Emmanuel Macron, visitará Washington na segunda-feira (24) para se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, em uma tentativa de persuadi-lo a incluir a União Europeia (UE) nas negociações de paz para a Ucrânia.
No avião em que viaja para Washington, Macron disse a jornalistas que estava "comprometido" em assegurar que "a segurança dos europeus seja garantida" como resultado das próximas negociações sobre a Ucrânia, e pretende dizer isso ao presidente estadunidense.
Ele disse que, na véspera da viagem, havia conversado novamente com o chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, destacando seu "compromisso com a paz na Ucrânia de forma justa, confiável e de longo prazo".
Segundo a mídia francesa, Macron pretende discutir três questões principais com o presidente americano, com quem tem, nas palavras do Palácio do Eliseu, uma relação "especial".
Macron tentará convencer Trump a incluir a UE nas
negociações sobre a Ucrânia e levar em consideração seus interesses.
Antes de sua visita a Washington, ele organizou duas cúpulas de emergência sobre a Ucrânia com líderes europeus, na tentativa de
forjar uma posição comum da UE. Apenas sete países líderes da UE, representantes de Bruxelas e o Secretário-Geral da OTAN foram convidados para a primeira cúpula. Os demais foram convidados para a segunda, incluindo os países bálticos,
que ficaram indignados por terem sido deixados de fora.
Segundo relatos da mídia, as posições dos países da UE estão divididas sobre a questão do envio de um contingente de manutenção da paz para a Ucrânia. Alguns membros da UE, como França, Dinamarca e Reino Unido, disseram que estão prontos para participar do envio de tropas. Ao mesmo tempo, a ideia de enviar um contingente de manutenção da paz não encontrou apoio na Espanha, na Polônia e, especialmente, na Alemanha e na Itália.
Após Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, chegará a Washington na quinta-feira (27) para se encontrar com Trump.
Anteriormente, o Wall Street Journal, citando autoridades europeias, relatou que o primeiro-ministro britânico poderia apresentar a Trump um plano conjunto com a França para enviar "forças de paz" europeias à Ucrânia, se Moscou e Kiev chegarem a um acordo de paz. A publicação observou que o plano da Europa prevê que os EUA desempenhem o papel de "apoio", embora suas tropas não sejam enviadas à Ucrânia.
Ao mesmo tempo, Macron também pretende prometer a Trump que a UE investirá mais em sua própria defesa. No entanto, o presidente francês defende o aumento da produção e compra de armas europeias e a redução das compras militares dos EUA, enquanto, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), 55% das armas compradas pela UE entre 2019 e 2023 foram fornecidas pelos EUA.
O presidente francês também levantará a questão das taxas alfandegárias dos EUA sobre produtos provenientes da União Europeia. No sábado, Macron disse que "aliados não podem fazer uns aos outros sofrerem por causa de tarifas".
No entanto, como Romuald Siora, especialista em relações internacionais do Instituto Francês de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS), disse à Sputnik, Trump não ouvirá o que Macron quer lhe dizer, já que sua visão da situação na Ucrânia e das relações com a Rússia é completamente diferente daquela do líder europeu.
De acordo com uma pesquisa do site Figaro publicada na semana passada,
mais de 83% dos franceses não acreditam que o presidente francês Emmanuel Macron conseguirá convencer o líder americano Donald Trump a incluir a União Europeia nas negociações sobre a Ucrânia. Em uma tentativa de mobilizar a opinião pública francesa para continuar o
apoio militar à Ucrânia, Macron passou duas horas respondendo perguntas dos franceses nas redes sociais na quinta-feira. Ele também disse que pretendia alertar Trump contra "ceder à Rússia" e que a UE
"deve intensificar seus esforços militares", observando que a França não pretendia enviar tropas para a Ucrânia imediatamente, mas não descartou o envio de tropas ocidentais após um acordo de paz como garantia de segurança.
O gabinete de imprensa do Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo anunciou no ano passado que o Ocidente enviaria um chamado contingente de manutenção da paz, de cerca de 100 mil pessoas, ao país para restaurar a prontidão de combate da Ucrânia. O órgão acredita que isso constituirá uma ocupação de fato da Ucrânia. O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, declarou que o envio de forças de paz só é possível com o consentimento das partes em um conflito específico. Segundo ele, é prematuro falar sobre forças de paz na Ucrânia.
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