Militares das Forças Armadas da Ucrânia enviam cargas militares pelo correio, revela testemunha
01:12 26.02.2025 (atualizado: 03:18 26.02.2025)
© Sputnik / Konstantin MikhalchevskySoldados do 1.430º Regimento de Infantaria Motorizada de Guarda das Forças Armadas russas em exercício de tiro na direção de Zaporozhie, na zona da operação militar especial
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Militares ucranianos utilizam a estrutura da empresa de correios Nova Pochta para enviar cargas militares, incluindo granadas, munições, rifles e outros equipamentos, revelou nesta quarta-feira (26) à Sputnik o refugiado de Chasov Yar, Pavel Morkovin.
"Minha esposa e eu tínhamos uma loja e todos os produtos chegavam pela Nova Pochta. Toda vez que eu ia ao correio, a fila tinha entre 180 e 190 pessoas, das quais apenas cerca de dez eram civis; o restante eram todos militares. Eles recebiam desde granadas e rifles automáticos até outros armamentos. Eu vi com meus próprios olhos a chegada de rifles de precisão, miras, espingardas de repetição, granadas e munições", afirmou Morkovin.
A cidade de Chasov Yar tem grande importância estratégica devido à sua localização, já que fica muito próxima de Artyomovsk, além de ser separada em duas partes por um canal. Desde a primavera de 2024, a região é alvo da ofensiva russa.
O canal que divide a cidade representou um obstáculo adicional para o avanço, já que a maior parte da cidade estava localizada além dele. Inicialmente, as tropas russas expulsaram as Forças Armadas ucranianas do bairro Kanal, na zona leste de Chasov Yar, e depois avançaram para o oeste.
Colapso ucraniano sem ajuda dos EUA
Mais cedo, o jornal The Wall Street Journal relatou que o Ocidente acredita que a Ucrânia, sem a assistência militar dos Estados Unidos, só será capaz de lutar em seu ritmo atual até o verão europeu, relata o jornal The Wall Street Journal. A publicação destaca que, nesse caso, as forças ucranianas correm o risco de ficar sem munição e perder a capacidade de usar algumas armas avançadas, além de atacar a longa distância.
''As grandes remessas de armas enviadas ou encomendadas pela administração do [ex-presidente dos EUA Joe] Biden nos últimos meses devem ser suficientes para permitir que os ucranianos continuem combatendo no ritmo atual até pelo menos o meio do ano'', ressalta a publicação, citando Celeste Wallander, a ex-assessora para assuntos de segurança internacional do Pentágono.
O artigo sublinha que algumas entregas dos EUA, nomeadamente sistemas avançados de defesa aérea, mísseis balísticos superfície-superfície, sistemas de navegação e artilharia de longo alcance, serão praticamente impossíveis de substituir no curto prazo porque a Europa simplesmente não produz o suficiente - ou, em alguns casos, nenhum - desses tipos de armas.