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E o Oscar vai para… América Latina!
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A noite da premiação do Oscar, em Los Angeles, deste domingo (3) entrou para a história do Brasil, que levou pela primeira vez em 68 anos uma estatueta de... 03.03.2025, Sputnik Brasil
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A conquista do Brasil é também da América Latina, ao lograr fissurar a bolha hollywoodiana e europeia. Esta foi a quinta indicação na categoria de um filme brasileiro em 68 edições da premiação. Nesse mesmo período, somente 29 filmes latino-americanos foram indicados na categoria entre 1957 e 2025 — menos de 9% das indicações em quase 70 anos. O percentual de vitórias é menor ainda: 4,4% dos ganhadores de filmes internacionais foram produções latinas. Três no total, e uma por Melhor Canção.Veja lista dos filmes da região que já ganharam a estatueta"Ainda estou aqui" (2025)Dirigido pelo cineasta brasileiro Walter Salles, a obra, inspirada na autobiografia homônima de Marcelo Rubens Paiva de mesmo nome, conta a história da família do autor, com destaque para a mãe, Eunice Paiva, estrelada por Fernanda Torres, que se tornou ativista política após o desaparecimento do marido Rubens, em 1971, durante a ditadura civil-militar. Ela passou 40 anos lutando por justiça e pela verdade sobre o o sequestro e assassinato do companheiro."Roma" (2019)O drama mexicano em preto e branco de 2018, dirigido por Alfonso Cuarón, conta a história de uma empregada em família de classe média na Cidade do México, ambientada nos anos 1970. O título do filme faz referência a Colonia Roma, bairro da capital mexicana. Ao ganhar o Oscar, o filme se tornou orgulho nacional do México."Uma mulher fantástica" (2018)O drama de 2017 do diretor chileno Sebastián Lelio entrou na história do Oscar por surgir como o primeiro filme estrelado por uma mulher transgênero a ganhar o prêmio de Melhor Filme Internacional. O enredo gira em torno de uma jovem cantora e garçonete que se torna suspeita de assassinato do namorado e alvo de bullying e violência física."O segredo dos seus olhos" (2010)O filme argentino de 2009 foi dirigido por Juan José Campanella. No drama histórico-romântico, um ex-oficial de justiça escreve um livro contando a história trágica que testemunhou em 1974. O filme fez com que a Argentina se tornasse o primeiro país latino-americano a ser premiado duas vezes."Diários de motocicleta" (2005)Embora seja uma coprodução internacional, o longa-metragem foi dirigido pelo brasileiro Walter Salles e vencedor do Oscar de Melhor Canção Original, com música composta pelo uruguaio Jorge Drexler.Baseada nos diários de viagem de Ernesto Che Guevara, a obra narra a expedição de 1952, inicialmente por motos, em toda a América do Sul por Guevara e seu amigo Alberto Granado, aos 29 anos de idade. Na viagem, Che se descobre transformado por suas observações sobre a vida do campesinato indígena empobrecido, memórias que o impulsionaram a se tornar o líder revolucionário que marcou a história contemporânea."A história oficial" (1986)Dirigido e escrito por Luis Puenzo, foi o primeiro filme argentino (1985) que venceu na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar. A obra conta a história de uma professora que descobre que a criança adotada pode ser filha de presos políticos do regime militar argentino que ocorreu entre 1976 e 1983.Dignos de mençãoEm 1959, o Oscar de Melhor Filme Internacional foi para "Orfeu negro", filme ítalo-franco-brasileiro representando a França. É a primeira produção de língua portuguesa que conquistou a estatueta.Mesmo não tendo sido produzidos na América Latina, há mais dois filmes norte-americanos feitos por cineastas latino-americanos que conquistaram a principal categoria do Oscar: "Birdman" (2014), de Alejandro González Iñárritu, e "A Forma da água" (2017) de Guillermo del Toro, ambos mexicanos.
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E o Oscar vai para… América Latina!
17:40 03.03.2025 (atualizado: 18:02 03.03.2025) A noite da premiação do Oscar, em Los Angeles, deste domingo (3) entrou para a história do Brasil, que levou pela primeira vez em 68 anos uma estatueta de Melhor Filme Internacional na cerimônia considerada o ápice do reconhecimento no cinema mundial.
A
conquista do Brasil é também da América Latina, ao lograr fissurar a bolha hollywoodiana e europeia. Esta foi a quinta indicação na categoria de um filme brasileiro em 68 edições da premiação. Nesse mesmo período, somente 29 filmes latino-americanos foram indicados na categoria entre 1957 e 2025 — menos de 9% das indicações em quase 70 anos. O percentual de vitórias é menor ainda: 4,4% dos ganhadores de filmes internacionais foram produções latinas. Três no total, e uma por Melhor Canção.
Veja lista dos filmes da região que já ganharam a estatueta
"Ainda estou aqui" (2025)
Dirigido pelo cineasta brasileiro Walter Salles, a obra, inspirada na autobiografia homônima de Marcelo Rubens Paiva de mesmo nome, conta a história da família do autor, com destaque para a mãe, Eunice Paiva, estrelada por Fernanda Torres, que se tornou ativista política após o desaparecimento do marido Rubens, em 1971, durante a ditadura civil-militar. Ela passou 40 anos lutando por justiça e pela verdade sobre o o sequestro e assassinato do companheiro.
O
drama mexicano em preto e branco de 2018, dirigido por Alfonso Cuarón, conta a história de uma empregada em família de classe média na Cidade do México, ambientada nos anos 1970. O título do filme faz referência a Colonia Roma, bairro da capital mexicana. Ao ganhar o Oscar, o filme se tornou orgulho nacional do México.
"Uma mulher fantástica" (2018)
O drama de 2017 do diretor chileno Sebastián Lelio entrou na história do Oscar por surgir como o primeiro filme estrelado por uma mulher transgênero a ganhar o prêmio de Melhor Filme Internacional. O enredo gira em torno de uma jovem cantora e garçonete que se torna suspeita de assassinato do namorado e alvo de bullying e violência física.
"O segredo dos seus olhos" (2010)
O filme argentino de 2009 foi dirigido por Juan José Campanella. No drama histórico-romântico, um ex-oficial de justiça escreve um livro contando a história trágica que testemunhou em 1974. O filme fez com que a Argentina se tornasse o primeiro país latino-americano a ser premiado duas vezes.
"Diários de motocicleta" (2005)
Embora seja uma coprodução internacional, o longa-metragem foi dirigido pelo brasileiro Walter Salles e vencedor do Oscar de Melhor Canção Original, com música composta pelo uruguaio Jorge Drexler.
Baseada nos diários de
viagem de Ernesto Che Guevara, a obra narra a expedição de 1952, inicialmente por motos, em toda a América do Sul por Guevara e seu amigo Alberto Granado, aos 29 anos de idade. Na viagem, Che se descobre transformado por suas observações sobre a vida do campesinato indígena empobrecido, memórias que o impulsionaram a se tornar o
líder revolucionário que marcou a história contemporânea.
"A história oficial" (1986)
Dirigido e escrito por Luis Puenzo, foi o primeiro filme argentino (1985) que venceu na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar. A obra conta a história de uma professora que descobre que a
criança adotada pode ser filha de presos políticos do regime militar argentino que ocorreu entre 1976 e 1983.
Em 1959, o Oscar de Melhor Filme Internacional foi para "Orfeu negro", filme ítalo-franco-brasileiro representando a França. É a primeira produção de língua portuguesa que conquistou a estatueta.
Mesmo não tendo sido produzidos na América Latina, há mais dois filmes norte-americanos feitos por cineastas latino-americanos que conquistaram a principal categoria do Oscar: "Birdman" (2014), de Alejandro González Iñárritu, e "A Forma da água" (2017) de Guillermo del Toro, ambos mexicanos.
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